Rio de Janeiro – Questões complexas e pressão para cumprir os prazos marcaram a reta final do Desafio Sebrae Internacional, que terminou no começo da tarde dessa terça-feira (20), no Rio de Janeiro. Superação foi a palavra mais citada pelos integrantes das equipes da Argentina (La BC Industrial), Brasil (Run to Win), Colômbia (Induis), Equador (God’s Warriors), Panamá (Duff), Paraguai (Newer) e Peru (Business Man) que disputam o título de campeã. “Tivemos que tomar muitas decisões difíceis e em pouco tempo”, diz o estudante equatoriano, Jose Jimenes, resumindo o sentimento de todos.
A expectativa só termina nessa quarta-feira (21), às 19h, quando o presidente do Sebrae, Luiz Barretto, e o diretor-técnico da instituição, Carlos Alberto dos Santos, anunciam o vencedor no Palácio da Cidade, em Botafogo. A cerimônia poderá ser acompanhada pela internet no site www.webliveact.com/desafiosebrae. A disputa, que envolveu a administração de uma fabrica virtual de bicicletas, aconteceu no hotel Golden Tulip, em Copacabana. A cautela era tão grande entre os estudantes, que ninguém se colocou como favorito.
Os estudantes brasileiros da equipe brasileira Run to Win, do Rio Grande do Norte, registram que, independente do resultado, já se sentem orgulhosos pela coragem em enfrentar as conseqüências de uma decisão errada. “Fomos precipitados ao definir o preço de custo tendo por base uma estimativa, sem esperar pelo cálculo mais apurado feito por consultores, que chegou depois. O valor ficou tão alto que vendemos apenas uma bicicleta, mas mantivemos a cabeça fria para enfrentar a situação”, lamenta Caio Santos.
Os estudantes colombianos também amargaram o peso de equívocos na gestão dos negócios. A equipe Indus admite que comprou uma fábrica maior do que precisava, contratou funcionários demais e abriu uma loja em outra cidade. Investiram na qualidade, mas o preço de venda ficou alto para o mercado. “Nosso custo fixo superou o que tínhamos em caixa. Ficamos sem capital de giro e tivemos que pedir empréstimo a um banco. Lutamos muito e temos esperança de conseguir uma boa pontuação”, diz Carlos Rincón.
Mesmo ansiosos para saber o resultado da competição, os estudantes não deixaram de ressaltar a importância da experiência. Citaram como ganho a percepção de que, independente da gravidade de uma crise, é preciso manter o foco para encontrar as soluções mais adequadas, a importância do investimento contínuo no conhecimento e confiança. “Persistência é uma característica empresarial e foi isso que nos deu força para não jogar a toalha ”, diz o brasileiro Víctor Dantas.
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