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Política e Economia

Diferentes maneiras do estado ferrar com o seu negócio

O estado não quer o seu progresso. E nem o do restante do país.


Minha aversão a políticos e gestores públicos, que sempre foi grande, ficou ainda pior ao perceber a falta de decisões legítimas para combater a recessão que têm colocado o nosso país nas trevas de uma crise financeira estarrecedora, que, até o presente momento, têm se mostrado incurável e irreversível. A ausência de planos de contingência, a indiferença e o descaso para com a iniciativa privada, e a letárgica demora em criar metas de redução e contenção de gastos por parte do governo têm apenas demonstrado a incomensurável incompetência e a inexpugnável ineficiência do estado brasileiro, como um todo.

O estado prejudica o seu negócio de diversas maneiras: cobrando impostos abusivos, inventando novos tributos a todo o momento e a toda hora criando uma nova maneira de usurpar o seu capital. Mas o estado também prejudica você de formas muito mais indiretas, ao boicotar investimentos que poderiam ressuscitar a economia, gerar oportunidades, empregos e projetos, e aliviar as contas públicas do país.

Infelizmente, uma tendência terrivelmente preocupante começou a alastrar-se no mercado internacional, e poucos têm atentado para ela. Como já era de se esperar, o governo, que tem ciência do problema, está terrivelmente omisso, e optou por não fazer absolutamente nada para resolvê-lo. Empresas e investidores estrangeiros estão evitando fazer negócios no Brasil, em decorrência da irreversível corrupção endêmica e da excessiva burocracia que contaminam o país. Isso é péssimo para os negócios. E não se engane: a mídia tem exposto o problema sim, mas não na verdadeira escala em que está acontecendo.

Em um país que está precisando desesperadamente resgatar a sua motriz econômica, investimentos estrangeiros tornam-se uma irrefreável necessidade, que não poderíamos nos dar ao luxo de desperdiçar. Ao escolher ignorar o problema, o governo não apenas demonstra a sua covardia e ineficiência, mas definitivamente passa a legitimar o retrocesso como uma categórica e imutável política de terra arrasada. Quer aceitemos isso ou não, somos obrigados a nos conformar com esta realidade. E o governo nada faz, a não ser demonstrar a sua completa e total indiferença.       

“Ora, o que isso tem a ver comigo?”, você talvez pergunte. Tudo. Têm tudo a ver com você, comigo e com cada singular cidadão que habita este país. Investimentos estrangeiros, em qualquer escala, pequena, média, grande ou gigantesca – que vão desde a escolha de uma grande companhia automotiva em estabelecer uma montadora em território nacional a prospectivos investidores diretos e indiretos, que poderiam interessar-se pelo seu negócio – evidentemente, geram empregos e riqueza, entre muitos outros benefícios, como clientes, desenvolvimento de projetos, sociedades e cooperativas, para citar apenas alguns. E um país que necessita tão desesperadamente de forças que suscitem a ressurreição de sua produtividade e de sua tão combalida economia deveria enxergar como fundamentais todas as oportunidades desta categoria. Mas não é o que está acontecendo. Estamos perdendo empresas e investimentos para outros países. E, embora este fato não seja muito recente, está ficando cada vez pior. O governo, no entanto, escolheu não enxergar o problema, e faz de tudo para fingir que ele não existe. E, como consequência de sua perturbadora visão obtusa, este problema não será enfrentado, o que dirá solucionado.

Se tivéssemos pessoas inteligentes no governo – o que não é o caso, como todos nós sabemos – nossos gestores públicos veriam neste problema a solução para um enorme número de dificuldades. Políticos inteligentes pensariam da seguinte forma: “Isso vai gerar empregos e receita. Vai gerar, inclusive, receita para nós. Se fizermos isso da maneira correta, isso pode, inclusive, ser o princípio da solução para o problema da estagnação da economia. Os investidores estrangeiros reclamam de corrupção e burocracia. Vamos fazer o possível e o impossível para minimizar estas dificuldades, desobstruir todos e quaisquer obstáculos para a consolidação de empresas estrangeiras em território nacional, e criar condições produtivas que assegurem o investimento, de maneira a não deixá-lo escapar, e não perdê-lo para outros países.”

Como pensam os políticos brasileiros: “Continuamos com problemas financeiros… o que vamos fazer? Já sei! Vamos aumentar os impostos!”

Ao decidir simplesmente aumentar a arrecadação – em um país em estado crítico e terminal, com uma iniciativa privada que já encontra-se terrivelmente espoliada e desmantelada pelo governo, sem condições de contribuir com mais – e deixar de enfrentar um problema que suplantaria não apenas a questão da arrecadação de tributos, mas tantos outros, como desemprego, o estado mostra as garras dilacerantes de sua antropofagia corrosiva e exprobatória. Não obstante, a situação é pior do que você pensa. Empresas e companhias internacionais estão evitando o Brasil, como uma metástase a ser extirpada. Há alguns meses atrás, um dos diretores da Ryanair, uma companhia aérea irlandesa de preços populares, altamente competitivos, afirmou que ela não irá operar no Brasil. Determinada a crescer, expandir sua área de atuação e estabelecer-se em todos (ou quase todos) os países da América do Sul, um dos executivos da companhia afirmou categoricamente que sua empresa descartou definitivamente o Brasil de suas prospecções. O motivo: a corrupção. Você consegue imaginar quantas oportunidades, quanto investimento, quantos empregos, quanto capital, foram perdidos só nesta transação? Para corroborar esta vexatória e humilhante, mas verdadeira asserção, recentemente uma ONG chamada Transparência Internacional publicou um estudo que aponta o Brasil como exportador de corrupção, e isso ocorreu logo depois da exposição dos recentes escândalos envolvendo a Embraer. Um artigo, recentemente publicado no Estadão, ao elucidar este assunto de forma objetiva, mostra de que maneira um Brasil corrupto, evasivo, adulterado, extorsivo, corrompido e aliciador afastou – e continuará afastando – inúmeros investidores e empresas estrangeiras do país.   

Os problemas financeiros do governo – assim como os nossos – irão continuar. Mas o governo sempre pode nos tributar – e pode ter certeza de que ele continuará fazendo isso – para aliviar as suas contas. Nós, por outro lado, não podemos tributar o governo. Nós temos que trabalhar. Mas como trabalhar, se centenas de empresas fecham diariamente, a economia continua encolhendo, e o governo, imerso em sua perpétua sonolência e letargia, não faz absolutamente nada para reverter a situação? E essa é uma questão que diz respeito a cada um de nós. Todo o investimento que é descartado, desperdiçado, perdido para outro país, acarretará em prejuízos indiretos, pelos quais você invariavelmente será cobrado. A não ser que a sua empresa venha a fechar as portas – e se a economia continuar a decrescer no ritmo em que está, pode ter certeza que ela fechará – você continuará pagando pela incompetência do governo. Sem dúvida nenhuma, as contas do empreendedor, que já são terrivelmente pesadas, ficarão ainda maiores. Como não existem limites para a incomensurável e institucionalizada burrice governamental brasileira – campeã universal inconteste da letargia, da inércia e da falta de vontade –, o estado pensa em continuar cobrando impostos, ao mesmo tempo que boicota investimentos, negligencia tantos outros e mostra, de várias maneiras, que está trabalhando pela total erradicação da economia no país. Como uma entidade completamente destituída de inteligência, o governo ainda não entendeu que, para cobrar tributos de uma empresa, ela tem que ser plenamente funcional e ativa. Para uma empresa ser funcional e ativa, ela precisa de clientes. Para uma empresa ter clientes, a economia do país precisa ser saudável. E assim sucessivamente. Só que, aparentemente, o estado não tem nem sequer a mais vaga noção de como as coisas funcionam no mundo real. No ponto de urgência em que estamos, não podemos mais procrastinar, ou fingir que nada está acontecendo. No atual Brasil da recessão, existem apenas dois tipos de empresas: as que estão sendo afetadas pela crise, e as que fingem que não estão sendo afetadas pela crise.

Uma crise afeta a todos. Aqueles que pensam que não estão sendo afetados pela crise, talvez porque tiveram uma redução insignificante no seu faturamento, são afetados de forma indireta, apenas não têm consciência disso. Uma recessão como a que vivemos não apenas tolhe toda e qualquer possibilidade de expansão e crescimento, mas invariavelmente consolida, como padrão de mercado, primeiramente a estagnação, e depois o retrocesso. Se você é uma daquelas pessoas que pensa que não está sendo afetado pela crise, é porque não tem consciência do fato de que a força motriz da economia de mercado é um sistema de reação em cadeia. As pessoas compram quando têm dinheiro. Uma recessão vai fazer as pessoas gastarem menos, e, consequentemente, haverá no mercado menos dinheiro em circulação. Com menos dinheiro em circulação, o poder aquisitivo diminui drasticamente para todos, gerando um vácuo financeiro que irá se alastrar por todos os setores do mercado e por todos os segmentos da economia, em um movimento de retração direta e indireta. Ao menos indiretamente, não há como não ser afetado. Dessa maneira, saiba que a recessão atinge os seus fornecedores, os seus clientes, os clientes dos seus clientes, e os clientes dos clientes dos seus clientes. E assim sucessivamente. Então, pode ter certeza absoluta que afeta você. Pessoas que comprariam o seu produto ou contratariam o seu serviço não estão fazendo isso porque não tem condições financeiras para isso. Então, mesmo que você tenha sido capaz de manter os seus clientes em meio à recessão, provavelmente perdeu um número expressivo de prospectivos novos clientes, só que ainda não sabe disso. Não existem maneiras de não ser afetado por uma crise de nível nacional. Apenas aqueles que não entendem absolutamente nada de economia acham que estão imunes. Mas na verdade, até se você for milionário – embora vá sofrer perdas mínimas, para não dizer insignificantes, é verdade – a recessão encontrará uma maneira de chegar até você. Apenas bilionários podem ostentar indiferença e total descaso com relação a uma crise. Então, se você não é do time dos bilionários, adivinha a qual clube você pertence?

Outro grande problema, não menos perturbador e descomunal, para o qual poucos estão atentando, é o fato de que, na contramão das atuais circunstâncias adversas, o governo está ficando progressivamente cada vez mais caro. Pior do que isso, o estado está sendo vergonhosamente vagaroso e ostensivamente letárgico na questão da redução de seus gastos. Evidentemente, do alto de seus tranquilos pedestais de mármore e granito, absortos em mundinhos de primeira classe, dentro de seus terninhos impecáveis, usando caríssimas gravatas estampadas de seda, e usufruindo do melhor que o funcionalismo público brasileiro têm a oferecer, nossos gestores públicos ainda não foram capazes de atentar para a realidade: o fato – indefectível, imutável e fundamental – de que o brasileiro não consegue mais sustentar a vidinha de luxo que os vagabundos levam. Os empreendedores não reclamavam em pagar os exorbitantes impostos que lhes eram cobrados, na nostálgica e gloriosa época da prosperidade econômica. Período este – que hoje mais parece um sonho distante – no qual todos estávamos envolvidos em dezenas de projetos, e tínhamos tanto trabalho, que quase não dávamos conta. Naquela época, o governo nos cobrava, e nós simplesmente pagávamos. Até porque, diante da abundância de lucro e trabalho, o que nos cobravam não fazia falta. Só que hoje faz. Mas o governo não quer renunciar – de nenhuma forma, maneira ou circunstância – do luxo ao qual acostumou-se a usufruir. O governo quer continuar desfrutando de luxo e conforto, ignorando todos os problemas que existem, e ignorando, em especial, o fato de que, atualmente, do tamanho que está, pagando supersalários e oferecendo privilégios adicionais de todos os tipos aos seus, ele tornou-se um fardo incomensurável para o cidadão brasileiro. Insustentável, diante da absurda paralisação econômica que contaminou o país. Então, eu pergunto: quando o governo acordará para a realidade? E quando tomará providências para ajustar-se a nova realidade que vivemos?

Ora, eu tenho dezenas de sugestões que poderiam melhorar o estado, e reduzir gastos. Na minha opinião, os únicos funcionários públicos que deveriam ter salários relativamente elevados são professores e policiais. Políticos tinham que ter salários de R$ 400,00 – com abono de eficiência, caso demonstrassem resultados, mas com um teto máximo de R$ 2.200,00 – sem quaisquer bônus ou pagamentos adicionais, muito menos décimo terceiro, décimo quarto e décimo quinto salários. Secretários, assessores, motoristas, guarda-costas, auxílio paletó e auxílio moradia também deveriam ser erradicados, em caráter definitivo e permanente. Isso não apenas obrigaria o político brasileiro a trabalhar de verdade, mas a sociedade passaria a depender dele como agente transformador, o que invariavelmente geraria resultados factuais de desenvolvimento social, e economizaria – por baixo – cerca 30 bilhões de reais, anualmente, dos cofres públicos, da iniciativa privada e do cidadão brasileiro. Enquanto isso não mudar, uma verdade permanecerá imutável: o político brasileiro jamais será um indivíduo correto e eficiente, enquanto receber salários exorbitantes e irrealistas, que não são condizentes com a sua produtividade (neste caso, a falta dela). Um salário simbólico, com bônus adicional para resultados pontuais, e real solução de problemas, não apenas colocará o indivíduo certo nos lugares certos, como mostrará para todos nós quem está na política por amor à população, e quem está na política por amor ao dinheiro.  

Cá entre nós, às vezes tenho vontade de escrever uma carta, e enviá-la para os nossos distintos e honrados servidores públicos, lá em Brasília – a tão empertigada, mas sempre sorridente, resplandecente, dispendiosa e perdulária terra da maracutaia:

Prezados, honradíssimos e excelentíssimos galhofeiros – embora eu não seja o ser humano mais inteligente e iluminado que existe sobre a face da Terra, fui capaz, pensando apenas durante alguns poucos minutos – algo que os senhores deveriam fazer, no mínimo, uma vez por ano – de elaborar maravilhosas soluções, que economizariam valores financeiros significativos para os cofres públicos, com salutares resultados para a economia deste país, que causariam benefícios imensos sobre a iniciativa privada, e sobre cada singular cidadão da República Federativa do Brasil. São coisas relativamente simples, mas evidentemente, como nenhuma dessas sugestões foi colocada em prática até o presente momento, presumo que os senhores ainda não pensaram em nenhuma delas. Talvez porque ninguém tenha informado aos distintos folgazões que o país atualmente passa por uma recessão. Na verdade, já faz algum tempo que ela começou, e neste período, mais de um milhão de empresas fecharam as portas, e doze milhões de brasileiros, aproximadamente, ficaram desempregados. E, caso venha a interessa-los saber o que se passa por aqui, no mundo real, fora do resplandecente palácio de luxo e conforto que os protege da voracidade sombria da realidade, permitam-me transmitir-lhes o fato de que centenas de empresas continuam a fechar diariamente. Bom, para o caso de ninguém ter anunciado aos senhores, então eu vos passo este importante comunicado: o país passa por uma recessão.

E aí, eu listaria, entre outras coisas, aquilo que o caríssimo leitor leu no parágrafo acima. Não obstante, devemos atentar para o fato de que todas as sugestões que listei para cortes de gastos do governo são coisas incrivelmente simples, e com certeza, eu não fui o primeiro, e nem serei o último, a ter pensado nelas. Mas, se estas soluções são tão simples, por que elas ainda não foram colocadas em prática? Porque, evidentemente, não existe nenhum político brasileiro interessado em alavancar o progresso e o desenvolvimento do país. Eles não pensam no cidadão, eles não estão nem um pouco interessados em acompanhar o andamento do setor privado, eles estão se lixando para o seu negócio, e a ideia deles de progresso é uma privada perfumada, com tampa de acrílico, no banheiro de luxo do seu gabinete. Interessados única e exclusivamente neles próprios, os políticos brasileiros jamais irão legislar em detrimento de sua própria classe. Preferem viver no luxo e no conforto, enquanto nós trabalhamos arduamente para pagar a conta de tudo aquilo que eles gastam e consomem. E, obviamente, eles não se importam nem um pouco com quem eles terão que sacrificar, para continuar desfrutando da vida de luxo e conforto que o funcionalismo público lhes proporciona. A gestão governamental já mostra, através de toda a sua espúria estrutura de privilégios, riquezas e ostentação, que ela existe com a única e exclusiva finalidade de gerir e administrar a si própria. Vivendo em seu ensimesmado mundinho de terninhos impecáveis, cafezinhos e reuniões que não produzem absolutamente resultado algum – mas servem de prerrogativa para gargalhadas, troca de favores e uma infinita extensão de relatórios inúteis – tudo o que envolve a esfera política brasileira estará, invariavelmente, relacionada a egocentrismo, egoísmo, vaidade e exclusivismo. Os únicos interesses do governo serão as suas próprias prioridades. E assim será, enquanto tivermos como gestores públicos indivíduos gananciosos, corrosivos, estelionatários e imorais, que esquecem o cérebro em casa toda a vez que saem para “trabalhar”. Jamais haverá progresso, em um país cujos gestores públicos são lixo da pior espécie, comprometidos unicamente em manter o sistema oligárquico que lhes propicia uma luxuosa vida de primeira classe, que escraviza a população em seu benefício. No Brasil, a política serve aos indivíduos para torná-los ricos. Em nosso país, ninguém se envolve em política com o intuito de lutar pelos interesses da população.

Para o governo, toda e qualquer empresa não passa de um objeto a ser tributado. E se o governo está com problemas financeiros, a solução é sempre esta: aumentar a arrecadação. E isso ocorrerá em todas as esferas: federal, estadual e municipal. Sempre que o governo decidir aliviar as suas contas, é de você que ele vai cobrar. Há quase dois anos, o governo municipal – sou de Caxias do Sul, Rio Grande do Sul – criou um novo imposto: a taxa de fiscalização de ambientes de qualquer natureza. Cujo sinônimo, acredito, é “Estamos precisando de mais dinheiro, pague!” (e saliento que nenhum funcionário público até hoje foi fiscalizar o em meu escritório). E, dessa maneira, o estado vai tributando, tributando e tributando, tratando a iniciativa privada como se fosse o seu cofrinho particular, do qual ele retira dinheiro, sempre que estiver a fim. O que cria uma espiral de problemas, que o governo, em sua incapacidade de enxergar as coisas de forma abrangente – sendo formado por indivíduos apáticos e obtusos, com doutorado em burrice, preguiça e ociosidade – não consegue ver. Ao tentar solucionar os seus problemas da forma mais fácil, o estado cria uma espiral de problemas terrivelmente difíceis, cujas soluções, tanto a curto quanto longo prazo, tornam-se tão impraticáveis quanto implausíveis. Se resolvesse os problemas da forma correta – acabando com todos os impedimentos que afastam investidores e companhias estrangeiras, lutando com firmeza e fervor para se estabelecerem aqui – o governo não apenas solucionaria os seus problemas, como os problemas da população. Afinal, isso abriria as portas para investimentos, geração de empregos e desenvolvimento de novas oportunidades. Infelizmente, em um país saturado de burocracia e corrupção, é mais provável Adolf Hitler levantar-se dos mortos, e suplicar ao povo judeu o perdão pelo Holocausto.

Não obstante, o problema de afastar investimentos (ou, no caso dos que já estão estabelecidos, a incapacidade de mantê-los) é grave, e parece ocorrer de forma sistemática também na competitiva arena das alíquotas e das guerras fiscais entre estados. Recentemente, aqui na minha cidade, perdemos a Robertshaw, empresa a muitos anos estabelecida em Caxias do Sul, que decidiu transferir-se para Manaus, onde a Zona Franca garante uma possibilidade maior de sobrevivência para as empresas, em virtude da concessão de créditos, isenção fiscal e baixa tributação. Posteriormente, em função da transferência da empresa ter deixado um grande número de desempregados na cidade, cobrou-se dos dirigentes públicos locais e regionais a incapacidade de negociar com os empresários, que decidiram transferir sua empresa para o polo industrial amazonense, onde responderão a um governo que cobra muito menos, e permite que produzam muito mais. Em uma situação destas, quem está errado? Certamente, não é o empresário, que têm todo o direito de sobreviver, e levar a sua empresa para um local que lhe propicie condições melhores. Em uma situação destas, toda a responsabilidade pelo fracasso em efetuar um acordo conciliatório com a iniciativa privada é do governo municipal e do governo estadual, que cobram impostos terrivelmente absurdos e abusivos, e ainda tem a empáfia de ficarem estarrecidos quando uma empresa decide ir embora, simplesmente porque o governo não quer ceder, quando o assunto é arrecadação.

Ao afastar – ou deixar de manter – empresas e investimentos, o governo prejudica muita gente, direta e indiretamente. Empresas que poderiam fazer negócios com você, investir na sua empresa, tornarem-se clientes ou fornecedores, simplesmente vão para outro lugar, onde a administração governamental é superior, e a ganância tributária é mais tolerável. Não pense que isso não afeta você. O governo, com toda a certeza, já lhe tirou inúmeros clientes, ou oportunidades, e você nem sequer ficou sabendo. Tenho visto tantos exemplos factuais, que, hoje, completamente desesperançado, digo às gerações mais jovens – como minha irmã, que, na altivez de sua juventude, tendo apenas dezenove anos, têm uma vida de realizações profissionais pela frente – para irem embora do Brasil na primeira oportunidade. Estamos em estado terminal há muito tempo. Nossos governantes estão enriquecendo, enquanto dilaceram o país, devorando a cada um de nós, em um corrosivo e fatídico processo, amargamente sórdido e dolorosamente lento.

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