Nossos hábitos ao acordar fazem bem pra nossa saúde e produtividade?
A maioria de nós dorme com os telefones ao lado, ou muito perto de nossas camas. Nossos telefones são as primeiras coisas que interagem conosco pela manhã, quando desligamos o alarme.
E, a partir do momento que nossos telefones estão na nossa mão, a próxima coisa que fazemos é mexer nas mídias sociais, ver e-mail, mandar mensagens e outras coisas.
Essa é uma péssima forma de começar o dia. O CEO da Lyst, Chris Morton começava seus dias assim. Ele odiava isso, mas era um vício e ele não conseguia parar de fazer isso.
Foi ai que ele leu sobre experiências de ratos com BF Skinner, que variou várias vezes os intervalos de alimentação dos ratos, para determinar como eles formavam seus hábitos.
Quando os ratos não sabiam quando viriam os alimentos, eles ficavam ansiosos esperando pelo alimento e checando para ver se o alimento chegava. No experimento, os ratos pressionavam alguns botões quando queriam alimentos.
Quando o alimento não chegava, os ratos ficavam pressionando os botões durante todo o dia, porque não sabiam quando ele iria chegar.
Essa é essencialmente, a mesma relação que temos com a nossa caixa de e-mail.
Morton não é o primeiro a comparar os ratos de Skinner com nosso comportamento. Mas fazer essa conexão ajudou que ele mudasse seus hábitos.
De fato, as distrações, como as notificações de e-mail, levam a uma diminuição da produtividade. Um estudo de UC Irvine descobriu que as pessoas levam 25 minutos para voltar a fazer uma tarefa após uma distração.
Assim, ao longo do seu último ano, Morton reestruturou a primeira hora do seu dia. Ele ainda usa o seu telefone para acordar. Mas ele coloca o telefone em modo avião quando vai pra cama.
Depois de acordar, ele faz meia hora de ioga e meditação antes mesmo de pensar nas tarefas do seu dia. Nos primeiros 30 minutos, Morton esvazia a cabeça e deixa seu cérebro pronto para o dia.
Depois disso, Morton ainda resiste à tentação de seu iPhone e passa a próxima meia hora escrevendo uma lista de todas as coisas importantes que ele tem que fazer naquele dia, enquanto toma seu café.
Ele pode ter que mudar as prioridades quando ler seu e-mail, mas ele é capaz de fazer isso com mais atenção, em vez de simplesmente se estressar.
O processo aumentou a eficiência de Morton. E a saúde. Ele treinou para entender que o e-mail muitas vezes não é a tarefa mais importante assim que ele acorda. Assim, ele concentrou suas manhãs para coisas que não giram em torno do e-mail.
Dessa maneira, o smartphone deixou de ser um vício e de atrapalhar sua saúde e produtividade.
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Este artigo foi adaptado do original, “You’re Waking Up Wrong”, da Fast Company.