X

Busque em mais de 20.000 artigos de nosso acervo.

Novidades pela net

Desidratação de frutas aumenta lucro de produtores e combate desperdício


Além de reduzir o desperdício, a atividade gera renda para agricultores do Nordeste

Produtores de estados do Nordeste têm apostado na desidratação de frutas para combater o desperdício e aumentar a renda. A técnica tem permitido não somente a redução das perdas, que em alguns casos chegavam a 70% da produção, mas também a obtenção de valores até dez vezes maiores que os praticados para as frutas in natura. Orientados pelo Sebrae por meio de atendimentos diretos e capacitações para melhorar a gestão de seus negócios, os agricultores conseguiram com o sistema de secagem vencer o problema de transporte e perecibilidade das frutas, entrando, assim, em novas praças, como o grande mercado paulista.

“Nos preocupamos sempre em buscar soluções sustentáveis para os pequenos negócios. Estamos atentos para trabalhar a redução do desperdício e, ao mesmo tempo, procurar oportunidades de inovar para melhorar os produtos e ampliar o faturamento”, afirma o presidente do Sebrae, Luiz Barretto. Em 2013, o Sebrae já atendeu mais de 63 mil micro e pequenos negócios rurais no país. São produtores não somente do segmento da fruticultura, mas também de mel, peixes, cafés, carne, derivados de cana, flores, hortaliças, leite, mandioca, ovinos e caprinos.

Em 2011, o empresário Henrique Sá Lopes, da Lili Doces, no Piauí, viu na desidratação uma oportunidade de expandir a linha de produtos. Hoje, ele evita o desperdício com seis máquinas de desidratação, que geram 150 quilos de frutas secas por mês e um faturamento 10% maior. As vendas são realizadas para São Paulo, Distrito Federal, Pernambuco, Bahia, Maranhão e Amazonas. A ideia surgiu durante uma feira de negócios que ocorre em São Paulo, a Piauí-Sampa, realizada pelo Sebrae. “Em conversas com o especialista Leonardo Chiapetta, vimos o potencial do mercado paulista”, conta o empresário Henrique Lopes.

Chiapetta é especialista em desidratação de frutas e já esteve em Teresina à convite do Sebrae para ensinar aos empresários locais a técnica que garante vida mais longa às espécies frutíferas sem prejudicar suas propriedades nutritivas. Proprietário do Empório Chiapetta, com lojas no Mercado Municipal de São Paulo e no shopping Eldorado da mesma cidade, ele é um dos compradores das frutas da Lili Doces e de diversos produtores dos estados do Nordeste.

Há quatro anos, 28 famílias que vivem no povoado de Vila Retiro, próximo a lhéus (BA), passaram a processar bananas, abacaxis, jenipapos, mangas, cupuaçus e outras frutas para evitar que 70% da colheita fossem para o lixo, por conta do tempo e das condições de transporte. Reunidos em torno do Grupo Doce Retiro, os produtores de Vila Retiro estão conseguindo gerar entre 100 e 200 quilos de frutas desidratadas a cada 30 dias. Tudo é vendido na própria região.

“Se produzíssemos mais, com certeza venderíamos porque a procura é grande”, afirma o vice-presidente do Grupo Doce Retiro, Aílton Bevenuto. Orientada pelo Sebrae, a associação está trabalhando na ampliação da produção. “Em quatro anos, queremos chegar a pelo menos duas toneladas por mês”, diz. Segundo ele, o quilo da fruta in natura custa cerca de R$ 0,80 na região. Desidratado, sai a R$ 20. Apesar da perda de peso durante o processo, causada pela evaporação de 70% da água dos alimentos, o negócio vale a pena.

Abacaxi desidratado

Na cidade de Itaberaba (BA), é o abacaxi que dá renda a 140 associados de uma cooperativa que processa a fruta desde 2010. O projeto foi elaborado pelo engenheiro agrícola Pedro Meloni, consultor contratado pelo Sebrae, para agregar valor ao produto e gerar mais renda para a comunidade da Coopaita. Há poucos dias, o grupo conquistou o direito de usar um espaço para elaborar barrinhas de cereal com o abacaxi desidratado.

Mais do que mostrar aos agricultores a importância de se unir para enfrentar os atravessadores e conquistar novos mercados, o Sebrae deu o apoio necessário para a elaboração de um diagnóstico e as consultorias para a realização do projeto da agroindústria. A Coopaita também está inserida no programa Comércio Brasil da instituição, o que viabiliza a participação do grupo em missões comerciais e rodadas de negócios. A central de processamento foi criada com duas máquinas de secagem e capacidade para desidratar até quatro toneladas de abacaxi por dia.

Tags: 

Via RSS de Empreendedor

Leia em Empreendedor

Comente este artigo

Populares

Topo
http://enterslots.epizy.com/ http://cair138.epizy.com/ http://sido247.epizy.com/ http://omega89.epizy.com/ http://merdeka138.epizy.com/ 7meter slot 7winbet abcslot https://obor138.web.fc2.com/ https://monsterbola.web.fc2.com/ https://daget77slot.web.fc2.com/ star77 138 slot istana77 mega138 cuan138 nuke gaming slot grandbet infini88 pg slot baccarat casino idn live idn poker sbobet tangkas88 slot sbobet88 slot deposit dana joker123 autowin88 zeus138 dewagg roma77 77lucks bos88 ligadewa sonic77 168 slot