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Ubuntu: por mais união e menos competição


É bem verdade que aqui no Brasil temos uma das maiores e mais bonitas miscigenações raciais do planeta. Somos um país tão plural, que é impressionante que os costumes mudem tanto ao longo do território nacional, ao mesmo tempo em que a língua continua intacta. Agregamos sotaque, palavras, trejeitos, mas em essência a língua portuguesa continua ali, nos unindo como uma grande família. Apesar disso, também somos competitivos como a maior parte do mundo ocidental. Não nos unimos como povo. Não nos unimos como seres humanos. Não nos unimos como empreendedores. Antes a nossa felicidade que a dos outros. Enquanto um nasce, outro morre. Um sobe, outro desce. Enfim…

A TRIBO UBUNTU
A jornalista e filósofa Lia Diskin, no Festival Mundial da Paz de 2006, em Florianópolis, nos presenteou com um caso de uma tribo na África chamada Ubuntu. Ela contou que um antropólogo estava estudando os usos e costumes da tribo e quando terminou seu trabalho, teve que esperar pelo transporte que o levaria até o aeroporto de volta pra casa. Sobrava-lhe muito tempo, mas ele não queria catequizar os membros da tribo; então, propôs uma brincadeira para as crianças, que achou ser inofensiva.

Comprou uma porção de doces e guloseimas na cidade, botou tudo em um cesto bem bonito, com laço de fita e colocou debaixo de uma árvore. Chamou as crianças e combinou que quando ele dissesse “já!”, elas deveriam sair correndo até o cesto e a que chegasse primeiro ganharia todos os doces que estavam lá dentro.

As crianças se posicionaram na linha de partida que ele desenhou no chão e esperaram pelo sinal combinado. Quando ele disse “Já!”, instantaneamente todas as crianças se deram as mãos e saíram correndo em direção à árvore com o cesto. Chegando lá, começaram a distribuir os doces entre si e a comerem felizes.

O antropólogo foi ao encontro delas e perguntou porque elas tinham ido todas juntas se uma só poderia ficar com tudo que havia no cesto e, assim, ganhar muito mais doces.

Elas simplesmente responderam:

“Ubuntu, tio. Como uma de nós poderia ficar feliz se todas as outras estivessem tristes?”

Quando trabalhamos separados, confiamos demais na nossa própria percepção, impedindo que outras opiniões ajudem a compor a nossa história. Quantos e quantos empreendedores, cheios de boas ideias e intenções, ainda “escondem o jogo”, na visão de estarem se protegendo dos seus possíveis concorrentes? Quantas e quantas pessoas preocupam-se com a inveja das outras pessoas e largam mão dos seus objetivos? Quantas crianças hoje se preocupam mais no ter mais do que no ser mais?

Parece que a nossa vida é tão dura e que somente nós temos tantos problemas, que sentimos uma injustiça muito grande quando algum morador de rua nos pede um pouco do dinheiro que nos sobra. Nos sentimos injustiçados quando uma criança pobre atravessa a rua e vem nos pedir esmola e, ainda pior, nos sentimos injustiçados porque nosso lar não está completamente protegido dessa gente que espreita o nosso muro.

OLHE-SE NOS OUTROS
Se a saída do nosso egoísmo, é utilizar-se dele próprio para atingir o altruísmo, então façamos o exercício de enxerga nos outros, nós mesmos. Sou de longe um ser perfeito, mas quando, a cada parada do trânsito, eu olhava para os lados e me enxergava nas pessoas que passavam, várias boas reflexões passavam pela minha cabeça. Ao ver uma mulher grávida e admitindo que eu também era ela, percebia que eu, no carro, poderia fazer algo para ajudá-la. Nem que fosse apenas diminuir o ronco do motor. Ao ver um homem preocupado passando, automaticamente pensava para mim mesmo, ao me identificar com o homem, que não havia necessidade de me preocupar tanto. Enfim, percepções que me ajudaram e me ajudam a prosseguir no exercício diário de me desligar de mim mesmo.

Tudo o que parecemos ter é emprestado. Nossa roupa, nossa casa, nosso carro, nossa família, nossos pensamentos, nossas emoções e até nossas empresas. O prazer que tenho em tocar o meu negócio e este blog, se deve principalmente ao fato deles me colocarem em contato com mais pessoas, onde eu possa me enxergar de um jeito diferente. Como as crianças da história que correram juntas para a árvore, eu e todos os meus “eus”, devemos correr juntos para abraçar a mesma história por diversas experiências.

O PODER DO COMPARTILHAR
Compartilhe suas histórias. Compartilhe as suas alegrias e as suas tristezas. Compartilhe as suas dúvidas e também suas certezas. Compartilhe os seus bens e trate os seus entes como passageiros. Mova-se no mundo como quem se move sobre as ondas do mar. Compartilhe suas experiências e desapegue-se do fato de parecer que você está no controle de tudo. Na realidade não está. Assim como eu, seu único objetivo em vida é pintar melhor a cada dia a serviço dos seus talentos deixando o resto com a própria natureza.

Dê-me a mão e juntos construiremos um mundo de mais união e menos competição. Passe isso para os seus filhos. O quanto antes eles descobrirem essa brilhante fórmula, melhor para toda a humanidade.

Músicas da versão em áudio deste post:

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