Os esforços padrão de marketing e publicidade não fazem mais efeito nas empresas. O growth hacking surge como aliado para empresas conquistarem usuários
Qual o segredo do crescimento de startups como Facebook e Airbnb?
Nós temos uma certa imagem que os profissionais de marketing devem ter. David Ogilvy, com seu cachimbo, Don Draper e seu uísque, Alex Bogusky na capa da Fast Company.
Cada um desses profissionais tem seu próprio estilo. Mas olhe para as novas marcas que, passaram na última década, do zero para alguns milhões: Facebook, Zappos, Airbnb, Evernote, Twitter e Dropbox.
Será que isso são os profissionais de marketing? Não. Não há um profissional tradicional entre essas pessoas.
Na verdade, o Facebook achou muito caro trabalhar com esses profissionais e, chegou à conclusão que fazer um anúncio em TV era um desperdício vergonhoso de tempo e dinheiro.
Então, quem foi o gênio do marketing por trás dessas histórias? Pessoas com Sean Ellis, Josh Elman, Chamath Palihapitiya, Noah Kagan e Aaron Ginn.
Em outras palavras, os mestres do marketing por trás do sucesso dessas startups não foi nenhum dos senhores mencionados no início desse artigo.
E as pessoas que substituíram o vice-presidente e os diretores de marketing é chamado growth hacker, uma espécie de híbrido de marketing e engenharia que desenvolve programas de crescimento, integrações com API e desenvolve outras métricas de análise.
Pense nas assinaturas de e-mail do Hotmail, com “PS I Love You”, talvez o primeiro exemplo de growth hacking. Pense no programa de espaço livre do Dropbox, que da espaço em disco em troca de cada amigo convidado que se inscreve no programa. Pense na integração do Airbnb com o Craigslist, que construiu o serviço dentro da plataforma de outro.
No fundo, nós já sabemos que as estratégias tradicionais estão morrendo. É por isso que o mundo web achou graça da campanha de relançamento do Myspace na TV, que gastou em torno de 20 milhões de dólares.
É óbvio, mesmo para as pessoas comuns, que não é bem assim que as marcas são construídas na era online.
Hoje, qualquer profissional que esteja começando na indústria está mais propenso a trabalhar no marketing de uma empresa tentando ir do nada para alguma coisa (como uma startup ou pequena empresa) do que ajudando uma grande corporação a crescer 2% ao ano. Essa é a matemática de como as coisas funcionam.
Os grandes empregos tradicionais estão indo para os veteranos. O que restam são novas empresas, e elas precisam de algo radicalmente diferente. Elas precisam de algo grande.
E essas empresas querem vender o seu produto. Elas não se importam em como os usuários virão, contanto que eles venham rápido. Por isso, esqueça comerciais, esqueça outdoors, esqueça até mesmo seus banners online.
O modelo de negócios de Don Draper e companhia já não faz mais sentido.
Toda essa cartilha é irrelevante.
Não estamos anunciando o admirável mundo novo. Nem tudo vai mudar. Até mesmo o Google fez anúncio no Super Bowl. Mas você não pode deixar de notar as estratégias iniciais de marketing por trás dessas empresas.
O growth hacking levou um grupo de geeks que trabalham com tecnologia por amor, em vez de outdoors e propagandas mudar o status quo e desenvolver uma nova maneira de criar empresas.
Essas pessoas não tinham grandes verbas para agências de marketing nem estratégias de longo prazo, por isso desenvolveram uma alternativa.
Essas pessoas deram uma surra na maneira padrão de fazer negócios. Talvez seja a hora de ouví-las.
Este artigo foi adaptado do original, “Don Draper Is Dead: Why Growth Hack Marketing Is Advertising’s Last Hope” do BetaBeat.
