Mariana Flores
Agência Sebrae de Notícias
Equipe da Del Fino Centro Automotivo
Com o objetivo de ficar mais forte e ganhar escala, 19 empresários de Maceió do segmento de reparação de veículos se uniram em 2007 para tomar decisões conjuntas. Entre elas está a formação de gestores, compra conjunta de peças e a criação de um cartão fidelidade que dá benefícios até mesmo aos consumidores que compram em outros estabelecimentos – ao utilizar quatro serviços de uma das empresas parceiras, o consumidor ganha descontos na 5ª visita.
“A visão que temos não é de concorrência, mas de parceria. Claro que existe a concorrência, mas essa união beneficia a todos”, afirma George Delfino, dono da Del Fino Centro Automotivo. O associativismo é a grande saída para quem quer crescer”, afirma.
Por meio da quebra do isolamento, os empresários de Maceió participaram de diversos cursos oferecidos pelo Sebrae para melhorar a gestão de seus negócios, como o Empretec, metodologia desenvolvida pela ONU. A troca de experiências e a melhoria na gestão ajudaram a alavancar os lucros. No caso de Delfino, a margem líquida de lucro saltou de 10% da receita bruta, percentual verificado até 2007, para 30%, registrado atualmente.
Deixar de enxergar outras empresas do mesmo segmento como concorrentes e passar a vê-las como aliadas é uma das bases do associativismo e do programa Empreender, desenvolvido pelo Sebrae em parceria com a Confederação das Associações Comerciais e Empresarias do Brasil (CACB) há mais de dez anos. A metodologia aproxima empreendimentos de um mesmo segmento para trocar experiências e formar parcerias.
“Os pequenos negócios não contam com as vantagens da economia de escala como as grandes empresas podem contar. Essa desvantagem tem que ser compensada através de iniciativas de associativismo que deem força para elas no mercado. Muitas pequenas empresas juntas têm a força de uma grande empresa. Quando o isolamento é quebrado, abrem-se muitas oportunidades”, afirma o diretor-técnico do Sebrae, Carlos Alberto dos Santos.
O trabalho em conjunto é mesmo a melhor opção para driblar os problemas que as MPE enfrentam, como destaca o coordenador do Programa Empreender, Carlos Alberto Resende. “Se até as grandes empresas se unem para ganhar escala, para as pequenas o associativismo é ainda mais importante. É sempre uma grande vantagem para as pequenas, que têm recursos financeiros e intelectuais limitados”, afirma.
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