Engenheiro surfista, líder de social team roqueiro, diretor de inovação que fabrica cerveja em casa… Já parou para pensar o que executivos bem sucedidos fazem nas horas vagas? Ou melhor: já refletiu como realizar atividades tão diferentes da sua área pode impactar positivamente nos negócios? Consultamos homens e mulheres bem sucedidos em diversas áreas para descobrir o que eles fazem nas horas vagas e como a vida longe do escritório pode ser produtiva na vida profissional. Inspire-se!
Filha de artista, artista é
“Sempre estive envolvida com a arte. Meu pai me influenciou muito e sempre toquei piano. Comecei a desenvolver minhas criações há 11 anos. Minha inquietação me inspira e busco aliar a tecnologia às características humanas. Observo quais são as necessidades das pessoas e a uso a favor – o que me ajuda muito em minha profissão. Trabalho com marketing e, muitas vezes, uso minhas criações como cobaias para demonstrar como funcionam tecnologias que ainda não se tornaram populares. O melhor da arte, para mim, é que ela não tem um compromisso com a funcionalidade; posso criar qualquer coisa que me vier à cabeça. O que, aliás, me ajuda no trabalho, dando mais vazão às coisas que faço.”
Martha Gabriel é diretora de tecnologia da NMD e artista premiada nacional e internacionalmente.
Entre refrões e tweets
“Sempre sonhei em viver de música, mas deveria ter escolhido essa carreira lá no começo. De qualquer forma, levo como um hobby profissional: temos agenda, cachê, ensaiamos e dois integrantes do Velho Oito (minha banda de grunge) são músicos profissionais, o que deixa tudo isso cada vez mais sério. A banda me ajuda a ter mais desenvoltura em reuniões e apresentações, por não ter medo do público. A experiência de palco me deixa um pouco cara de pau. Sem contar que saber bastante sobre música ajuda na hora de ter ideias relacionadas a conteúdo. Não me arrisco a dizer que a música foi fundamental para meu sucesso profissional, mas é algo que me ajuda, no mínimo, a me deixar mais calmo ou mais empolgado no dia a dia.”
Rodrigo Zannin, 28 anos, Head do Social Team do Itaú e músico nas horas vagas.
Meu escritório é na praia
“O surf é meu calmante diário. Pratico o esporte há 25 anos e adaptei minha vida pela paixão ao esporte. Morava em São Paulo, mas me mudei para o Rio de Janeiro para poder surfar. Acordo cedo todos os dias e, se o tempo está proveitoso, vou para o mar. Assim, sinto-me mais capacitado e com a mente livre para novas ideias. É o que me motiva a enfrentar as complicações do dia a dia, além de me deixar preparado para aguentar o estresse do trabalho. Minhas duas paixões (surf e engenharia) se complementam e são fundamentais para minha felicidade.”
Maurício Miele, 38 anos, sócio da Radix e surfista.
Diretor de inovação e cervejeiro
“Aprendi sozinho a fabricar cerveja e fiz minha primeira batelada em 2005. O melhor, é que essa prática não tem nenhum aspecto relacionado com a vida profissional e talvez esse seja o maior benefício, pois ajuda a esvaziar a mente da vida profissional. Por não ser relacionada ao meu dia a dia, a fabricação de cerveja acaba permitindo uma pausa necessária em minha vida profissional. Quando volto ao trabalho, retorno com a cabeça refrescada, mais criativa e menos sobrecarregada.”
Robin Taffin, Diretor de Inovação da Router Beta e amante de cerveja