Muita gente diz por aí que a web é uma terra sem lei, mas as empresas digitais sabem que não é bem assim. Foi para falar sobre os reflexos jurídicos de cada ação na rede que Patrícia Peck, da PPP Advogados, se apresentou no Social Media Week. Mais do que mudar contratos e regras legais, as mídias sociais criam necessidades e recursos para os consumidores se defenderem de abusos (e abusarem dos onbudsman também). Os efeitos dessas mudanças são fáceis de encontrar, especialmente entre sites de compras coletivas: de um lado, clientes que quase nunca lêem as regras do negócio; de outro, empresas que prometem demais e nunca esclarecem os detalhes das promoções.
Wagner Martins, da agência de marketing Espalhe, arrisca: “Será que um dia a gente vai ter contrato jurídico em 140 caracteres?”. “Tomara. Assim as pessoas vão ler tudo”, respondeu Patrícia. Os dois mostraram que, além de criar um ambiente onde menos palavras são sempre a melho opção, as redes sociais transformam os sentidos das palavras e geram problemas jurídicos para quem não pensa duas vezes antes de tuitar. E aconselham: “não tuíte algo que não teria coragem de falar para uma platéia de mil pessoas”. Fica a dica.