“Eu tenho um amigo que diz que ‘mulher feia tem obrigação de ser legal’. Eu acho que tem muita marca por aí fazendo umas coisas feias, então elas precisam ser legais”. Foi assin que Edney Souza, da Boo-box, começou a conversa no último dia de Social Media Week. Mas será que toda empresa precisa ter uma imagem divertida? Edmar Bulla, da CROMA, diz que não: “Toda marca quer ser legal, mas isso não está na essência dela”.
Para PC Siqueira, do canal MasPoxaVida e da MTV, “a marca tem a ver com você. A responsabilidade da marca é estabelecer um estilo de vida que as pessoas queiram compartilhar”. Ele disse que é por isso que não aceita fazer campanha de uma marca na qual não acredite ou passando uma mensagem que não faz sentido para o público dele. “Você não compra Coca-cola só porque gosta do sabor. Você compra porque se identifica com a marca”, explicou Edmar. Gustavo Jreige, do Pólvora, diz que a marca deve criar uma ponte entre o produto e o consumidor, mas isso não funciona se ela apenas patrocinando conteúdo de humou na web e esquece de falar do que realmente interessa ao cliente: o produto.
Edmar lembrou a importância da produção de conteúdo para atrair esse público. “Se a publicidade não gera conteúdo, ela pode ser legal, não ser legal, pode ser o que quiser… Não vai funcionar”, afirmou. Produto lançado, mensagem escolhida, chega a hora de definir quem vai fazer a campanha. Marcelo Trípoli, do iThink, acredita que escolher alguém pelo número de fãs ou seguidores é uma estratégia ultrapassada: “Usar as mídias sociais em cima de celebridades que surgem é pensar as mídias como televisão”.
Michel Lent, do .Mobi e Mederi, do Galo Frito, concordam que optar por uma celebridade da web é mais simples e mais barato que contratar uma personalidade da mídia tradicional, mas cada perfil alcança um público específico. Por isso, investir em nomes famosos nas redes sociais é uma boa estratégia para marcas que surgiram antes da internet e precisam reinventar sua imagem para atrair novos consumidores sem perder os antigos.