Belém – Instituições bancárias de vários países da América Latina participam da Reunião Latino-Americana sobre Bancos de Desenvolvimento e Investimentos Ambientalmente Sustentáveis nesta sexta-feira (23), na capital paraense. Durante o encontro, serão debatidos programas e políticas voltados às micro, pequenas e médias empresas da região amazônica. O evento é uma realização da Associação Latino-Americana de Instituições Financeiras para o Desenvolvimento (Alide), do Banco da Amazônia e do Sebrae no Pará.
De acordo com o presidente do Banco da Amazônia (BASA), Abdias José de Sousa Júnior, 73% do fomento praticado na Amazônia passa pela instituição. “Damos prioridade aos contratos das micro e pequenas empresas urbanas e rurais” informou, durante o painel ‘Oportunidades de investimento e negócios em atividades sustentáveis’. Entre os objetivos do banco, Abdias citou o apoio às ações governamentais de erradicação da pobreza e da fome; a garantia da sustentabilidade ambiental e a concretização de uma parceria mundial para o desenvolvimento. “Ficou claro que praticar o crédito com foco na sustentabilidade foi a melhor decisão tomada pelo BASA. As aplicações saltaram de 1.7% para 7.3%”, ressaltou.
Juan Casal, do Banco de Inversión e Comercio Exterior (BICE) da Argentina, explicou, durante sua participação nos debates, que a instituição é nova e que está seguindo a política governamental de apoiar projetos sustentáveis – o banco conta com US$ 109 milhões para a concessão de financiamentos. “É difícil fazer o equilíbrio entre recursos e preservação do meio ambiente. Sustentamos a iniciativa do governo para que 8% da geração de energia do país aconteça por meio de recursos renováveis até 2016″.
Já o responsável por Projetos Especiais da Financeira Rural do México, José Ramón González, destacou o crédito florestal como um diferencial da instituição. “Isso é algo inovador no país. Até então, nenhum banco tinha disponibilizado crédito para as comunidades que vivem nos bosques do México, por não terem como apresentar garantias hipotecárias”, garantiu. Segundo ele, foi desenhado um programa de financiamento compatível com a capacidade de pagamento dos potenciais tomadores, com encargos de 8.9% ao ano e prazo de pagamento de 15 anos.
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