No dia 4 de outubro, a Apple monopolizará a atenção de todos na internet com o lançamento da sua nova geração de iPhones. E, provavelmente, de tanta ansiedade, todos se esquecerão do meu aniversário, que é um dia antes.
Mas este post não é para falar do novo objeto de desejo dos applemaníacos – nem do meu aniversário –, e sim da pessoa que estará lá para apresentá-lo no lugar de Steve Jobs: Tim Cook. Para quem não sabe, Cook já foi vice-presidente da área de materiais corporativos da Compaq e diretor da IBM antes de ser contratado pela Apple, em 1998. Em 2007, ele se tornou COO (principal executivo de operações) da empresa.
Desde então, Cook substituiu Jobs como CEO da empresa em diversas ocasiões, primeiro por dois meses, em 2004, enquanto Jobs se recuperava de uma cirurgia, outra em 2009 e mais uma em 2011.
Agora, Cook toma o comando de uma das empresas mais valiosas do mundo, o que levantou diversos questionamentos sobre o futuro da marca e sobre como será sua gestão. Mas uma questão aparentemente não muito importante também foi discutida: a sua orientação sexual. Desde que assumiu o cargo de CEO da Apple, a imprensa tem especulado sobre o assunto, sem nenhuma confirmação ou declaração do próprio Cook.
O assunto foi levantado pelo site Gawker em janeiro deste ano. De acordo com a página, fontes de dentro da Apple afirmaram que Cook é sim homossexual e que a sua orientação havia sido motivo de discussão dentro da empresa. Logo depois, a revista Out, direcionada para a comunidade LGBT, elegeu o novo CEO da Apple o homem gay mais poderoso de 2011.
Mas a questão aqui é: a orientação sexual de um empreendedor ou de uma figura importante de alguma empresa afeta a percepção que os consumidores têm da marca que ele representa? Segundo o Gawker, executivos da Apple apoiariam a decisão de Cook caso ele tornasse pública sua orientação, mas havia uma preocupação deles com a recepção do público.
Independentemente da veracidade dos rumores, muitas entidades da comunidade LGBT acham importante o papel de Cook como fonte de inspiração. E existem outros exemplos de grandes empreendedores abertamente assumidos, como Peter Thiel, cofundador do PayPal, e Tim Gill, criador do programa de computador Quark.
Mas é difícil afirmar em que medida a orientação sexual de uma pessoa afeta – positiva ou negativamente – a sua carreira como empreendedor ou executivo. Será que vivemos em um ambiente em que uma pessoa que assuma sua homossexualidade publicamente não sofra um impacto em sua imagem corporativa? Ou mesmo na imagem da empresa que ele lidera?
O que vocês acham?