Brasília – Cerca de 80 mil empreendedores individuais integram o cadastro de beneficiários do programa Bolsa Família, segundo estimativa do governo federal e do Sebrae. São pessoas que precisam de apoio para se qualificar, aprender a gerir seus negócios, sobreviver no mercado e crescer. Um mecanismo para ajudar a vencer esses desafios vem do acordo de cooperação técnica que o Sebrae e o Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS) firmaram em agosto deste ano, para realizar ações relacionadas ao empreendedorismo e ao desenvolvimento territorial dentro do plano Brasil Sem Miséria.
O Sebrae irá utilizar metodologias já desenvolvidas e aplicadas em outros públicos para formalizar empreendedores individuais. O acordo vai permitir que surjam no Brasil empreendedores como Maria Deffaci Bertuol da Rocha, 45 anos.
Ela trabalhou por 23 anos na informalidade, na cidade de Cascavel, no Paraná. Entre 2001 e 2008, foi beneficiária do Bolsa Família. Ela recebia R$ 81 mensais pelos três filhos. Após anos de prática produzindo uniformes para outras empresas, Maria Bertuol viu que era hora de montar o próprio negócio. O primeiro passo foi buscar orientação sobre como abrir uma empresa. Em 2010, Maria se formalizou como empreendedora individual e cancelou o recebimento do benefício do governo.
Hoje ela é dona da pequena indústria familiar MC Uniformes. Sua especialidade é produzir jalecos para profissionais da área de saúde. “A formalização do negócio melhorou 100% a minha vida”, diz. Nesse mesmo período, ela conta que conheceu um agente de orientação empresarial do programa Negócio a Negócio. “Aprendi rapidamente a fazer controle de fluxo de caixa, controle de estoque e organização do ambiente. E o agente me mostrou como chegar mais rápido ao cliente. Essas orientações foram fundamentais para a melhoria do meu negócio”, ressalta.
No lançamento do Brasil sem Miséria, em junho de 2011, em Brasília, o presidente do Sebrae, Luiz Barretto, informou à presidente Dilma Rousseff que a instituição irá atuar com o programa Negócio a Negócio em cerca de 70 cidades mapeadas pelo governo com o maior volume de famílias carentes e, também, nos municípios médios e pequenos com o programa Sebrae nos Territórios da Cidadania.
Os dois programas vão unir esforços para atender 80 mil beneficiários do Bolsa Família. Nos Territórios da Cidadania, o Sebrae irá incentivar agentes políticos municipais a implementar a Lei Geral da Micro e Pequena Empresa, principalmente no que toca às facilidades para o empreendedor individual e às compras públicas feitas localmente.
Atualmente existem cerca de 1.850 municípios marcados por baixo dinamismo socioeconômico e grande necessidade de investimentos, assistência e políticas públicas. Eles englobam 800 mil empresas formais, 1,5 milhão de pessoas físicas com
atividade econômica e 1 milhão de produtores rurais. O programa tem como meta atender 800 mil empreendedores em três anos.
O Negócio a Negócio também está presente nas metas do Sebrae nos Territórios da Cidadania. Sua metodologia conta com a figura do agente de orientação empresarial, que tem a função de levar até o empresário, orientação gratuita e personalizada. De acordo com um dos coordenadores nacionais do programa, Plínio César Marques, “o atendimento feito na própria empresa acaba criando um relacionamento mais próximo entre o agente e o empresário. Cria-se um laço de confiança, o que contribui para o sucesso do trabalho”, avalia. A meta do programa para este ano é atender 550 mil empresas.
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