Olha ele aí criando a Apple em 1974.
Steve Jobs teve vida de excentricidades
De usuário de LSD a budista zen, o gênio da tecnologia protagonizou várias curiosidades
Terra e AFP
Há mais camadas do cofundador da Apple, Steve Jobs, do que o ímpeto pela inovação que direcionou a companhia da maçã ao posto de empresa de capital aberto mais valiosa do mundo. Mais do que um criador de gadgets de luxo, responsável por associar o desejo à fria tecnologia, Jobs teve uma vida repleta de fatos inusitados ou excêntricos que, por vezes, aproximam o ídolo intocável dos súditos que o adoravam.
Tido como um “visionário genial” pelo Conselho da Apple, o ex-CEO não se graduou na faculdade, se recusou a reconhecer a paternidade de um filho e recebia, desde 1998, um salário anual de US$ 1 dos lucros da companhia. Veja abaixo estes e outros fatos inusitados da vida de Jobs, cuja morte foi anunciada na quarta-feira, dia 5 de outubro, aos 56 anos.
Ele era usuário de LSD na adolescência
Jobs teria usado ao menos uma vez drogas como o LSD quando era jovem. Para Jobs, aquilo teria sido “uma das duas ou três coisas mais importantes” que ele fez durante toda sua vida, de acordo com palavras do próprio Jobs em uma entrevista ao repórter Markoff do The New York Times em 2005.
Jobs é um budista Zen e quase se tornou monge
Segundo o Huffington Post, Jobs quase foi para um monastério para se tornar um monge. Em vez disso, ele se casou, em um templo budista, e criou a Apple para se transformar em um dos mais bem-sucedidos homens da tecnologia, inclusive financeiramente, do planeta.
Desde 1998, Jobs recebe salário anual de US$ 1
Jobs recebia um salário anual de US$ 1 dos lucros da Apple desde 1998. É claro, no entanto, que ele possuía mais fontes de lucro, como as ações que tinha na própria Apple além da Disney por conta de ser um dos criadores dos estúdios Pixar.
Ele não foi para a faculdade
Diferentemente de Bill Gates e Mark Zuckerberg, Steve Jobs não passou pela faculdade por mais de um semestre. Além disso, a Apple foi criada, na verdade, em um quarto da casa dos pais adotivos de Jobs em Crist Drive, nº 11161, em Los Altos. Somente depois eles – Jobs e Steve Wozniak – se mudaram para a garagem da casa.
Jobs negou paternidade da primeira filha
Steve Jobs negou a paternidade da primeiro filha com a justificativa de que era estéril. Inicialmente, a filho foi criada com o suporte do Estado porque, com a negação de Jobs, a mãe não poderia receber ajuda financeira dele para criar o bebê. Com o passar do tempo, Jobs teria se tornado um bom pai para Lisa, que se formou em Harvard em 2000.
Jobs só come carne de peixe
A única carne que Jobs come é a de peixe. O resto da sua dieta é vegetariana, incluindo ovos diariamente.
Jobs é adotado; o nome do pai biológico é Abdulfattah Jandali
Steve Jobs é, na verdade, descendente de sírios muçulmanos. Os pais biológicos de Jobs, dois estudantes da faculdade, colocaram o menino para adoção. A história da adoção de Jobs por um casal de Los Altos, aliás, aconteceu em meio a mentiras, promessas não cumpridas e muitas preocupações.
A irmã desconhecida
Mona Simpson, uma famosa novelista norte-americana na década de 80, é irmã de Steve Jobs. Como ele foi adotado, ele só soube do fato quando era adulto. O romance de Simpson Anywhere but here falava justamente sobre a relação da escritora com os pais, que também eram os de Jobs.
Ele construiu o jogo Breakout
O jogo Breakout, para Atari, foi construído por Steve Jobs. Na verdade, os fundadores da Apple – Wozniak, Jons e o esquecido Ron Wayne – trabalharam anteriormente na Atari. OA diferença é que, quando eles saíram da companhia, eles fundaram a Apple. Já Nolan Bushell, fundador do Atari, saiu da empresa para abrir a rede de restaurantes, Chuck E. Cheese.
Ele não dá dinheiro para a caridade
Jobs não dá nenhum dinheiro para a caridade, diferentemente de alguns colegas famosos, como Bill Gates. Quando ele virou CEO da Apple, Jobs disse: “esperem até que nós nos tornemos rentáveis”.
Biografia
A editora americana Simon & Schuster anunciou nesta quinta-feira que antecipou para 24 de outubro o lançamento da primeira biografia autorizada de Steve Jobs, cofundador da Apple falecido na véspera aos 56 anos. Esta biografia de 656 páginas, escrita por Walter Isaacson e intitulada simplesmente “Steve Jobs”, ia ser lançada em 21 de novembro, segundo a assessoria da editora.
Para escrever esta primeira biografia autorizada, Walter Isaacson entrevistou Jobs mais de 40 vezes em dois anos. Também entrevistou mais de cem familiares, amigos, adversários, concorrentes e colegas de trabalho. A editora também disse que Jobs, além de cooperar com a preparação do livro, não impôs limites nem condições, inclusive sequer quis ler o manuscrito antes de sua publicação.
Os pedidos de livros sobre Steve Jobs explodiram nesta quinta-feira na livraria online Amazon, com quatro títulos entre os 10 mais vendidos. A biografia “Steve Jobs”, escrita por Walter Isaacson, que será lançada em 21 de novembro, foi o livro mais comprado no site. Há 24 horas ocupava a posição 375. O aumento nas ventas foi de 37.400%, segundo a Amazon.
Em segundo lugar entre os best-sellers (contra a posição 47.563 na quarta-feira) estava “I, Steve: Steve Jobs in His Own Words” (Eu, Steve: Steve Jobs em suas próprias palavras), uma biografia escrita por George Beahm prevista para chegar às livrarias no dia 8 de novembro.
O estudo das receitas que tornaram possível o sucesso da marca da maçã, “The Innovation Secrets of Steve Jobs: Insanely Different Principles for Breakthrough Success”, publicado em setembro de 2010, estava na quinta posição, com uma alta de 4.374%.
Em sétimo lugar estava o livro “The Presentation Secrets of Steve Jobs: How to Be Insanely Great in Front of Any Audience”, de setembro de 2009, que explora as famosas apresentações de Jobs, com um aumento de 1.383% nas vendas.