Ao pensar em motivar seus funcionários, as primeiras ações que lhe vêm à cabeça são aumento de salário, prêmios, viagens e bonificações? Tudo isso funciona, claro. Mas existem formas menos usuais – e muitas vezes mais eficientes – de incentivar seu time. A revista norte-americana Inc. reuniu sete dicas para fazer os integrantes do grupo realmente vestirem a camisa da empresa e também tornar esse processo algo natural ao modelo de negócios.
1) Implante um programa de mini-CEO
Quando um empregado tem uma ideia inovadora, Brian Halligan, CEO da Hubspot, uma empresa de marketing e software de Boston, com frequência tira aquele integrante de seu dia a dia para torná-lo um mini-CEO, ou seja, chefe de sua própria startup interna. A ideia é que a pessoa possa desenvolver um novo projeto com liberdade. “Parte da criação desse ambiente de inovação é tornar a organização descentralizada e sem hierarquias”, afirma Halligan. “Nós queremos empoderar nossas pessoas-chave.”
2) Incorpore diversão a seu modelo de negócios
“Quando diversão é uma parte do trabalho diário, os empregados enxergam uns aos outros como pessoas de verdade”, afirma Paul Spiegelman, CEO da Beryl Companies. Com essa finalidade, o empreendedor criou o que ele chamou de “Departamento de Pessoas Bacanas e da Diversão”. Instituiu também o “Dia do Pijama” e a data dos “Anos 70”. “Sei que essas ideias não são praticáveis por todas as empresas. Mas a ideia é fazer algo realmente divertido, mesmo que seja uma iniciativa muito simples.”
3) Distribua a empresa a seus empregados
Já pensou em dar seu empreendimento aos funcionários? Se sim, saiba que essa estratégia tem até nome: chama-se Employee Stock Ownership Program (em uma tradução aproximada seria o Programa de Ações Distribuídas a Funcionários). Essa ação pode ser uma das maneiras mais poderosas de motivar a equipe. O fundador da Swabones Worldwide, Foss Miller, adotou a tática no fim de 2010. “Tantas pessoas trabalham aqui há tantos anos. Para os mais antigos, receber essas ações é garantir uma boa aposentadoria. E, para a equipe em geral, o programa faz com que suas carreiras tenham mais sentido.”
4) Faça algo maluco
Eric Ryan, fundador da Method, uma indústria de produtos de limpeza com sede em São Francisco, acredita que adicionar uma pouco de extravagância a sua cultura corporativa inspira os funcionários a se tornarem mais produtivos. No passado, Ryan já se vestiu de esquilo, pôs para tocar a todo volume a música Eye of The Tiger nos elevadores e organizou um flash mob de dança – mobilizações instantâneas combinadas por meio de redes sociais – dentro do escritório. “Essas maluquices lembram a todos que eles trabalham em um lugar realmente especial – e imprevisível.”
5) Escreva cartas escritas a mão
Quando o general da reserva Stanley McChrystal era comandante das forças norte-americanas e da Otan no Afeganistão, ele era o “chefe” de mais de 150 mil pessoas. O militar conta que enviou mais de 2 mil notas de agradecimento a suas tropas a cada ano. “Eu costumava escrever essas cartas pessoalmente”, diz. Suas mensagens eram frequentemente guardadas como troféus pelos soldados ou exibidas com destaque nas paredes dos bunkers.
6) Deixe-os descansar
Embora pareça contraproducente, as sonecas são uma maneira excelente de motivar. Na verdade, várias companhias, das menores aos conglomerados gigantes, têm criado suas salas de sono. São espaços de descompressão nos quais os empregados podem relaxar e dormir, mesmo que seja por alguns minutos. Zephrin Lasker, CEO da Pontiflex, uma loja de acessórios e aparelhos celulares de Nova York com 60 funcionários, converteu uma sala antiga sala de servidores em uma área de cochilos. “Eu sou um grande entusiasta da soneca. Ajuda as pessoas a recarregar e, pessoalmente, me auxilia a pensar de modo mais criativo.”
7) Tenha mentores para todos
Na Allen & Gerritsen, uma agência de branding e marketing de Watertown, até o CEO Andrew Graff tem um mentor. Não se trata de nenhum medalhão: é um jovem de 22 anos, o especialista em tecnologia estratégica Eric Leist. Para a empresa, a prática ajuda a equipe a se conectar com outras áreas de conhecimento e incentiva as pessoas a pensar fora de seus modelos tradicionais.