Com o Ubuntu Developer Summit (um grande encontro de desenvolvedores do Ubuntu para discutir mudanças na próxima versão da distro) várias idéias foram discutidas para o Pangolim Preciso (sim, esse é o nome). E com o evento encerrado, é hora de vermos as novidades propostas e esperar que algumas acabem se concretizando.
De todas as propostas, a que mais chama a atenção é aumentar o tamanho da ISO de instalação para 750 MB (assim, impedindo o uso de mídias normais de CD para gravar o Ubuntu). A Canonical já vinha brigando há anos para tentar manter o tamanho do Ubuntu em torno dos 700 MB, mas agora os desenvolvedores terão um pouco mais de espaço para trabalhar.
Obviamente, a ISO poderá ser gravada normalmente em pendrives ou mídias de DVD. E o aumento de 50MB apenas foi definido para que os desenvolvedores não saíssem adicionando programas simplesmente “porque sim”.
Outra novidade interessante é que agora as ISOs em 64-bit serão priorizadas na hora do download. Ou seja: se você for até o site do Ubuntu e clicar em “download”, a versão escolhida por padrão será a de 64-bit. Isso só foi possível graças ao suporte ao multiarch, que permite instalar pacotes compilados para 32-bit em ambientes 64-bit.
Há algumas discussões em andamento sobre usar os dados do Ubuntu One ou Facebook para fazer login no Ubuntu, mas é bem provável que isso fique de fora. A preocupação com a necessidade de estar conectado à internet para fazer login foi um dos pontos levantados nessa discussão.
O Centro de Programas do Ubuntu passará por grandes mudanças. A missão mais crítica é tornar o tempo de boot do sistema menor: hoje ele leva em média 10 segundos para carregar totalmente. Além disso, poderemos ter suporte a vídeos na descrição dos programas, e algumas funções do antigo Synaptic devem voltar, como reinstalação e atualização de pacotes.
Do lado dos aplicativos, ainda há muito a ser discutido, mas uma mudança que deve acontecer é o Rhythmbox substituindo o Banshee como tocador padrão de música. Os motivos são vários, mas o fato do Banshee ainda usar várias bibliotecas mais velhas do GNOME é um problema.
Além disso, Tomboy e Gbrany também saem da instalação padrão. E como eles são os únicos programas do Ubuntu a precisar do Mono, o mesmo também dá adeus. Obviamente, em qualquer caso todos esses programas deverão estar disponíveis para instalação pelo Centro de Programas do Ubuntu.
Ainda não temos as datas para o lançamento das versões alpha e beta da distro, mas conforme elas forem saindo, vocês serão avisados do andamento dessas mudanças e de outras que com certeza irão acontecer. O Ubuntu 12.04 terá suporte oficial da Canonical por cinco anos.
Com informações: WebUPD
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