Modelo de uma tela flexível, que reduzirá o consumo de recursos escassos e aumentará a interação do produto com o cliente
Fabricantes de smartphones, tablets e e-readers estão anunciando que, a partir de 2012, vão disponibilizar uma tecnologia que vai mudar o conceito de touchscreen: telas flexíveis facilitarão a interação entre usuário e aparelho. A Samsung planeja lançar telefones celulares com telas flexíveis no próximo ano. Os tablets e outros aparelhos móveis também devem ganhar esses displays em pouco tempo, mas sem data definida. A HP anunciou o desenvolvimento de novas telas para uso militar e comercial e espera colocá-las no mercado até, no máximo, 2013.
As telas flexíveis têm uma superfície reflexiva (fina camada de substância orgânica transparente e condutora de elétrons) sobreposta a outro material mais resistente e não rígido (como o plástico). Seria similar a um pedaço de papel, mas com capacidade de transmitir imagens. Funciona tanto em condições adversas de luminosidade quanto em contato direto com a luz solar.
Outra vantagem dos displays dobráveis, também conhecidos como telas OLED flexíveis ou LED orgânico, é o uso em menor escala de elementos químicos escassos. Além disso, o seu custo de produção é mais barato e o material é mais resistente à quedas e impactos e pode ser fabricado em formatos variados.
As novas telas também pode ser utilizadas como etiquetas em lojas de departamentos e supermercados. Assim, os produtos podem ter seus preços alterados em tempo real, eliminando a necessidade de funcionários trocarem os valores manualmente e permitindo promoções diferenciadas e exclusivas.
Desenvolvimento
Há mais de 10 anos pesquisadores estudam as tecnologias empregadas nas telas flexíveis. A substância orgânica ideal para a construção dessas telas ainda não foi padronizada. A Sony criou, por exemplo, uma tela utilizando uma substância derivada do peri-Xanthenoxanthene (PXX). Segundo a empresa, o protótipo apresentou estabilidade ao interagir com luminosidade, oxigênio, humidade e calor.
Já na Coreia do Sul, pesquisadores da Universidade de Sungkyunkwan desenvolveram uma OLED que pode ser entortada com uma finíssima camada de grafite em seu estado puro, denominado grafeno. A substância mostrou-se promissora, tendo altos níveis de transparência e robustez.
Pesquisadores da Universidade de Toronto, no Canadá, desenvolveram um eficiente LED orgânico sobre um substrato plástico. Em vez de utilizar um substrato inteiro feito com um material com alto índice de refração para canalizar a luz para fora, os pesquisadores inseriram uma fina camada entre o substrato e o OLED.
Esta camada de alto índice, feita de pentóxido de tântalo (Ta2O5), e com algo entre 50 e 100 nanômetros de espessura, alcançaram uma eficiência quântica máxima de 63% para a luz verde, e um nível sustentável de 60% a 10.000 candelas por metro2, um recorde mundial. Isto é muito próximo dos OLEDs em bases de vidro já presentes no mercado.
Com informações dos sites IDGNow, Inovação Tecnológica, Tecmundo e Terra Tecnologia.