Existe uma tríplice sagrada dos interesses nerds: cinema, games e histórias em quadrinhos. E embora ocorra uma considerável interseção entre os fãs dos três meios, o mundo das HQs me parece o mais underground dos três. Geralmente quem é fanático por um costuma ao menos ter um domínio leve no outro, porque ocorre uma certa polinização cruzada entre os três (filme virando game, quadrinho virando filme, e por aí vai).
Isso é curioso porque os quadrinhos são a arte mais antiga entre as três preferidas pelos geeks. Sim, meu caro, quadrinho é arte. “Arte sequencial“, a propósito, é o termo culto, cunhado por Will Eisner (que é considerado até hoje o maior expoente do mundo dos quadrinhos; seu nome é inclusive homônimo do maior prêmio da indústria, o Eisner Award).
O método de contar histórias usando telas em sequência nasceu no século 18. Os primeiros quadrinhos como os conhecemos surgiram no finalzinho do século 19 nos Estados Unidos, e não eram nada além de tirinhas humorísticas em jornais. Daí veio o nome “comics“, que perdura até hoje a despeito da temática dos quadrinhos.