Dono de posto abre loja de conveniência para aumentar a clientela e acaba abrindo uma padaria
Em 1999, o empresário Clerton Soares, dono de um posto de combustíveis no bairro Saci, na zona sul de Teresina, começou a pensar sobre como atrair mais clientes para o seu estabelecimento. Pesquisou o mercado e descobriu que uma loja de conveniência poderia aumentar em 20% o público do posto. Após abrir o estabelecimento, o empresário continuou a se questionar sobre quais produtos seriam mais interessantes para o público. O pão francês surgiu como primeira alternativa, seguido da coxinha. A ideia deu certo. Com o passar dos anos, a clientela aumentou e, ao mesmo tempo, à procura por uma variedade maior de produtos de panificação. Começava a transformação da loja de conveniência em padaria, a Nosso Pão.
Com ajuda de um antigo funcionário que se tornara padeiro, Clerton começou a aprender a administrar o negócio. As instalações foram ampliadas para se adequar à clientela crescente e mais funcionários foram contratados. “Começamos com um funcionário e hoje já são dezoito pessoas envolvidas na produção de pães, bolos e salgados, no atendimento e na gestão do empreendimento. O espaço da cozinha, que antes só comportava uma pessoa, cresceu. O pão francês e a coxinha dividem lugar com outros setenta e cinco produtos, como brioches, bolos, pão da vovó, pão integral e mini pizzas”, conta Soares.
Por sugestão do Sindicato da Indústria de Panificação e Confeitaria de Teresina, Clerton procurou os treinamentos e consultorias do Projeto Núcleo Empreendedor da Indústria, do Sebrae no Piauí. “Isso aconteceu num momento em que o público da padaria começou a aumentar muito, o que me preocupava, já que não tinha todos os conhecimentos necessários para atuar na área. Soube do projeto voltado para os panificadores e busquei qualificação. Já aprendi bastante com o Sebrae. Hoje sei administrar com mais eficiência a padaria, sei dialogar melhor com os fornecedores e com os meus funcionários”, conta o empresário.
“Foi através desse programa que aprendi muitas técnicas. Se não fosse o Sebrae, não sei se conseguiria atingir os meus objetivos, porque o custo para contratar uma empresa para fazer esse trabalho é muito alto” acrescenta. Clerton ainda conta que aprendeu a importância de qualificar os colaboradores. “Cada conhecimento adquirido nos treinamentos repasso para aqueles que estão começando a trabalhar na empresa. Os que estão comigo há mais tempo, também incentivo a participarem dos cursos do Sebrae”, comenta.
O empresário participa, por exemplo, do Programa de Capacitação e Acompanhamento (PCA), que envolve consultorias, treinamentos, elaboração de plano de ação e palestras. O objetivo do programa é aperfeiçoar o gerenciamento da produção, melhorar a qualidade dos alimentos e diminuir os desperdícios. “O crescimento do grupo de panificadores atendidos pelo PCA é aparente. Estamos conseguindo melhorias na estrutura física, no atendimento e na gestão financeira. Depois que comecei a participar da iniciaitiva, há seis meses, a Nossa Pão tem crescido 5% ao mês”, finaliza.