Segundo pesquisa, 8,2% dos recrutadores evitam contratar candidatos obesos
De acordo com pesquisa realizada no ano passado pelo site de emprego Catho Online, 8,2% dos recrutadores afirmam que evitam contratar candidatos obesos. O dado pode indicar que, dependendo do cargo e da empresa, os “quilinhos a mais” fazem, sim, a diferença.
Não é que os candidatos obesos percam pontos ao serem comparados com outros. Mas, geralmente, os mais esbeltos podem ter chances de se destacar mais. “É como se todos os candidatos estivessem lado a lado em uma fila e os não obesos dessem um passo à frente”, afirma Leandro Muniz, gerente da empresa de recrutamento Michael Page em Curitiba.
Em alguns casos, “o candidato obeso que chega à entrevista ofegante, passando mal, suando, acaba demonstrando uma fraqueza na saúde”, diz Renata Mello, especialista em etiqueta empresarial.
“A saúde está associada a estilo de vida, de hábitos e a maioria dos obesos tem maus hábitos”, afirma com Ricardo De Marchi, médico, presidente da CPH Health e autor do livro “Saúde e Qualidade de Vida no Trabalho”. A obesidade, muitas vezes, vem atrelada com doenças como pressão alta, colesterol elevado, diabetes e sedentarismo.
E isso pode, muitas vezes, influenciar diretamente na produtividade profissional. Pesquisa realizada nos Estados Unidos aponta que o aumento do Índice de Massa Corporal (IMC) está diretamente ligado à frequência das faltas ao trabalho dos funcionários.
O estudo acompanhou 4.153 funcionários da Shell durante quase dez anos. No período, aconteceram 132,8 ausências no trabalho para cada mil funcionários que apresentavam peso normal; 193,5 faltas para cada mil que estavam acima do peso e 239,7 para cada mil obesos.
“Cuidar da alimentação, ter uma regularidade nos treinos acabam ajudando o profissional a conhecer outras pessoas e pode influenciar positivamente em sua carreira”, afirma Muniz.
Via Exame.