O Google está mais próximo de controlar totalmente a fabricante de celulares e tablets Motorola (formalmente constituída como Motorola Mobility, inclusive no Brasil, tendo em vista que a Motorola responsável por estrutura de redes não entrou na negociação). Na segunda-feira a Comissão Europeia (CE) anunciou a bênção para que a aquisição aconteça, tirando um obstáculo para que o Googlerola (nota: esse nome é uma brincadeira, ok?) se concretize.
Comissário do órgão, Joaquin Almunia disse ao Wall Street Journal que o negócio não traz à tona questões relacionadas à competitividade no mercado europeu. Existe o receio de que a compra da Motorola pelo Google crie uma gigante dos celulares em especial quando estamos falando de dispositivos rodando o Android. O Google nega que vá privilegiar a Motorola na hora de definir o futuro do sistema — e eu duvido.
O comissário também alertou para a observação minuciosa que a CE pretende fazer das disputas envolvendo patentes consideradas básicas. Entre elas foram listadas patentes envolvendo funcionamento de Wi-Fi e 3G. São funções básicas dos celulares e os detentores das propriedades intelectuais devem licencia-las a um preço “justo, razoável e não discriminatório”, de acordo com o representante da Comissão Europeia.
A liberação fornecida pela Comissão é um alívio, mas não autoriza de vez o Googlerola. Longe disso: o principal aval ainda a ser dado será do governo americano por meio de suas agências reguladoras. Falta que o Departamento de Justiça do país se posicione com relação ao negócio. Só depois disso o Google poderá ter na Motorola Mobility uma subsidiária.
O acordo para que Google compre Motorola foi anunciado em agosto do ano passado. O negócio está avaliado em US$ 12,5 bilhões.
Atualizado às 19h18.
União Europeia aprova Googlerola