Este texto faz parte da coluna da Plataforma Brasil feito especialmente para os leitores do Saia do Lugar.
Por: Gustavo Chierighini, fundador da Plataforma Brasil Editorial.
A sua empresa já não é mais tão pequena, os contratos se multiplicaram, os resultados idem, mas a expectativa por parte dos seus clientes não seguiu caminho oposto, ao contrário, cresceu na medida da sua reputação, ancorada em qualidade, bons serviços ou produtos e forte capacidade técnica.
É isso, os tempos de Startup ficaram no passado, e agora, sem nenhuma colher de chá, espera-se da sua empresa a precisão, a robustez inovadora e a qualidade, inerentes às marcas que sempre foram as suas referências.
Para dar conta desse desafio, que surge com o êxito nos negócios, muito se demanda da capacidade gestora e negocial, e não por acaso, elas são fundamentais ao processo. Mas não estão sozinhas, e embora muitas vezes esquecida, a área técnica representa a espinha dorsal do processo produtivo, sem o qual, não se inova, não se garante qualidade e as fatias de mercado hora conquistadas por uma equipe comercial agressiva e competente, podem sumir rapidamente, em função de uma eventual mediocridade técnica.
Mas o fato é que algumas culturas corporativas muitas vezes se esquecem de que nem só de gestores e bons vendedores vive uma empresa bem sucedida. Nesse contexto, os técnicos, como reação para garantir bons salários e posições prestigiadas abandonam seu potencial e se transformam em razoáveis administradores deixando a empresa capengas na hora de enfrentar alguns dos seus maiores desafios, em geral relacionados à dinâmica de inovação e desenvolvimento de novos produtos, serviços e métodos.
Considerando esse cenário, destaco abaixo algumas dicas para auxiliar na manutenção de um quadro técnico competitivo, talentoso e focado.
Vamos lá:
1. Sem nenhuma dúvida é importante que todos os colaboradores de uma empresa, com especial atenção àqueles mais próximos das questões vitais, sejam dotados de uma boa visão de negócios. Mas visão de negócios não é especialidade no assunto, trata-se apenas de um discernimento. Sendo assim não exija que o seu técnico em programação, ou especialistas em manufatura se transforme em um “ás” da gestão e das vendas. Estas não são as praias dessas pessoas e, em geral, elas detestam o assunto;
2. Não permita um modelo corporativo entediante, inundando o dia-a-dia dos seus técnicos, que por natureza são dotados de grande capacidade lógica, com modismos e mais modismos de gestão. Não os chateie, deixe-os livres para criar e trabalhar;
3. Não crie um sistema de promoção onde apenas os bons gestores, os marketeiros ou os grandes vendedores sejam prestigiados, seja no campo do status, seja na hora de pagar o salário. Bons técnicos são disputadíssimos por empresas inteligentes e eles sabem disso.
4. Não exija que seus técnicos façam cursos ligados a administração ou gestão de negócios, deixe-os livres (e estimule) para procurar especializações e complementações nas suas áreas de formação. Essa é a maior contribuição intelectual que esse tipo de profissional pode oferecer;
5. Da mesma forma que o quadro técnico precisa possuir as noções negociais e gestoras básicas do negócio onde estão inseridos, atue para que a sua equipe gestora, os vendedores e os especialistas do marketing assimilem alguma compreensão técnica.
Boa sorte e cuide para não perdê-los para a concorrência.
Até o próximo.
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