Cuiabá – “Ao cumprir as normas, ganhei tanto em qualidade quanto em economia”. O relato é de Valdir Araújo, proprietário de um dos mais antigos e tradicionais restaurantes de Cuiabá, a Peixaria Okada, que recebe turistas brasileiros de todo o país e estrangeiros. No estabelecimento são servidos pratos regionais feitos com peixes da bacia do Pantanal, como pacus, pintados e piraputangas. Valdir Araújo é um dos empresários locais que está buscando a certificação ISO de Segurança Alimentar. Os restaurantes Serra, Natural Clube, Confrade, China in Box e a sorveteria Nevasca também já passaram pela auditoria.
Em um ano, Araújo teve que adaptar vários aspectos do negócio para se candidatar à certificação, inclusive a estrutura física da empresa. “Não é fácil, depende muito da vontade do empresário de melhorar. Mas, o resultado é tão visível que minha vontade é buscar muito mais”. Segundo ele, o Sebrae em Mato Grosso acompanhou todas as fases de adaptação do empreendimento. “Não sabíamos nem preencher uma planilha. A consultora do Sebrae teve paciência em nos explicar e motivar a equipe”. Agora, passada a fase mais difícil, Araújo está implantando as últimas melhorias e já sonha com o selo. “Minha mente está pensando lá na frente, em como vou fazer para divulgar essa conquista”.
A ansiedade de Araújo é compartilhada pelo proprietário da China in Box de Cuiabá, Aldo Nakao, que também conta os dias para receber a certificação. Para ele, a fase de adaptação foi mais tranquila, pois a empresa é uma franquia. “Nós já seguíamos boa parte das normas. Foram necessárias apenas algumas adaptações”. Mesmo assim, o empresário conta que também precisou superar alguns obstáculos. O maior deles foi unir a equipe para que todos entendessem que as mudanças eram necessárias. “É preciso o comprometimento de todos. No fim, eles vestiram a camisa e tudo deu certo”.
De acordo com a Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel), existem no Brasil mais de um milhão de estabelecimentos comerciais que servem alimentos e apenas 31 deles possuem o selo. Caso as sete empresas de Mato Grosso consigam a certificação, o estado será o segundo no ranking nacional em número de negócios com o selo de boas práticas na alimentação. No topo da lista está o Rio Grande do Sul, seguido de Minas Gerais, Rio Grande do Norte, Espírito Santo, Paraná e Ceará. Mais de 43 empreendimentos estão em fase de adaptação no país.
A diretora do Sebrae em Mato Grosso, Leide Katayama, explica que o processo de certificação dos empreendimentos alimentícios foi uma das primeiras metas do Sebraetec. O programa de financiamento foi criado para permitir o acesso a conhecimentos tecnológicos, visando a melhoria de processos e produtos. Hoje, o custo de uma certificação é de cerca de R$10 mil, mas com o subsídio do Sebrae esse valor pode diminuir em até 80%. “Só não consegue a certificação quem não quiser”, enfatiza a diretora. Segundo ela, as empresas que toparam o desafio devem servir como modelo para que outras sigam o mesmo caminho. “Não é mais uma questão de escolha e sim uma exigência do mercado. É, acima de tudo, uma decisão estratégica para garantir o futuro da empresa”.
Para conquistar a certificação é necessário seguir rigorosamente uma série de exigências da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT). Dentre elas, estão os cuidados na compra do alimento, manipulação, cocção, treinamento pessoal, até o descarte das sobras. Entre os benefícios da padronização está a melhoria da qualidade dos produtos e serviços, redução no desperdício, aumento da competitividade, satisfação e fidelização do cliente, além de marketing garantido.
Processo
Qualquer empreendimento que oferecer algum serviço de alimentação – restaurante, bar, padaria, sorveteria e outros – pode se candidatar ao selo. Para isso, também será analisado o tempo de mercado, número de colaboradores e compromisso da diretoria. Todo o processo de preparo desses estabelecimentos é acompanhado por um consultor.
É importante salientar que das 16 empresas que entraram no processo de certificação de 2011, apenas sete chegaram até a fase de auditoria. De acordo com a gestora do projeto no Sebrae em Mato Grosso, Edcleide Nobre, poucas empresas estão dispostas a realmente cumprir as normas exigidas, o que fortalece ainda mais a imagem daquelas que buscam a qualidade nos serviços. No entanto, ela deixa claro que não é necessário ser grande para ter qualidade. “Não é o tamanho da empresa que importa e sim o comprometimento dela em buscar qualidade”.
A certificação das empresas aprovadas no processo deve acontecer dentro de, no máximo, dois meses. O sucesso do projeto já está motivando outras negócios. Até agora, cerca de cinco estabelecimentos aguardam na fila para a qualificação. Eles devem começar a fase de padronização em maio. Empresários interessados podem entrar em contato com o Sebrae pelo telefone da Central de Relacionamento com o Cliente (0800 570 0800).
Serviço:
Unidade de Marketing e Comunicação Sebrae-MT
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