Para morrer basta estar vivo. O jargão que amedronta a sociedade ocidental faz com que as pessoas evitem prevenir determinados riscos que podem ser futuros transtornos para os familiares. Contas ativas nas redes sociais de pessoas falecidas têm sido o principal deles. O problema advindo da modernidade traz dor de cabeça para a família que pretendem fechar os canais e a exposição de seus parentes mortos.
O que pouca gente sabe é que é possível recuperar essas senhas com total segurança. Os serviços do Google, por exemplo, prestam esse atendimento. No Gmail os familiares podem fazer o pedido e fornecer provas do falecimento. O Google verifica os documentos (e dá um retorno em até 30 dias). No caso do Orkut, especificamente, há um formulário para pedir que um perfil seja removido. Também é necessário comprovar a morte da pessoa.
Outras redes como Facebook, Twitter e MySpace também têm políticas definidas para lidar com perfis de pessoas que morreram. O Facebook e o Twitter dispõem de um memorial, um perfil no qual amigos podem compartilhar as memórias de alguém que se foi.
Um amigo ou familiar deve preencher o pedido com prova (link com obituário ou notícia que confirme a morte) e informações que o liguem diretamente à pessoa. Um perfil memorial torna-se privado (apenas para os amigos confirmados), informações de contato e atualizações são removidas e não é possível fazer o login na conta após a mudança.
Tanto no Facebook quanto no Twitter, as empresas fornecem um formulário, um espaço para que você possa preencher os dados e informar sobre o falecimento. Muitos perfis acabam sendo abandonados até mesmo após a morte, mas sempre é aconselhável que a família e amigos decidam isso, já que na rede social, você não tem a opção de transformar um perfil em memorial.
- Perfil doFacebook emMemorial;
- Formulário Facebook;
- Formulário Twitter;
- Formulário Orkut;
- Formulário LinkedIn.
O MySpace também tem procedimento para notificação de morte. Somente um familiar (mãe, pai, cônjuge, parceiro doméstico, filho ou filha) pode permitir que a conta seja preservada ou apagada, por meio de um e-mail com obituário ou atestado de óbito. Na mensagem, deve estar claro qual é o vínculo e a intenção do requerente.
O requerente não pode acessar, editar ou deletar nenhum conteúdo do perfil em questão, mas pode pedir para revisar e remover qualquer conteúdo que considerar inconveniente. Também é possível criar um memorial, porém de maneira diferente, através de uma página linkada ao perfil em questão.
Serviços que guardam suas senhas
Confiar a senha a uma única pessoa é, para muitos, um grande desconforto. Por isso existem serviços que guardam as senhas. O usuário nomeia uma pessoa de confiança que informa o falecimento com provas e então recebe a senha para proceder como preferir. Esse é o funcionamento do Legacy Locker, por exemplo.
Outra alternativa é o PassPack, um sistema de alta segurança de “encriptamento” em que nem o próprio administrador de usuários consegue ter acesso às senhas.
Aí, é claro, vai da confiança de cada um. Por isso, a política de privacidade deve ser lida com cuidado. O importante é cuidar da sua exibição levando em conta que o problema é contemporâneo e muitas famílias ainda não sabem lidar com isso.
Por Cínthia Demaria, jornalista, social media e blogueira. @cika_demaria
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