Maceió – Os municípios de Coruripe, Barra de São Miguel, Passo do Camaragibe e Porto de Pedras são cenários no estado para o cultivo da ostra, molusco exótico marcado pelo sabor exótico e avaliação econômica positiva pelo mercado. Para explorar esse potencial, 33 representantes desses produtores foram selecionados para mudar do associativismo para o cooperativismo, permitindo que a produção atinja uma larga escala.
Essa transformação envolve a formalização, capacitação e legalização dos cooperados e do negócio em todos os âmbitos, como gestão, atendimento, finanças e comércio. Nesta semana, por exemplo, os ostreicultores participaram de uma oficina sobre práticas de liderança, a fim de facilitar o crescimento e o convívio na empresa.
Segundo o analista de Atendimento Coletivo Agronegócios do Sebrae, Manoel Ramalho, outro passo importante para a criação da cooperativa já foi dado, com a implantação da Unidade de Depuração. Localizada na cidade de Coruripe, o local ainda depende da instalação de alguns equipamentos para entrar em funcionamento e vai garantir a segurança alimentar do produto, por meio da limpeza interna das ostras. O processo de depuração, também chamado de purificação, dura seis horas e reduz de 12 mil para 20 as unidades de coliformes fecais por cada 100 ml de água salina.
“Essa unidade vai possibilitar que os cooperados produzam em maior quantidade, de forma legal e com controle ambiental, para dentro e para fora do estado. Por isso a importância de integração entre os cultivadores que, apesar de residirem em locais diferentes, farão parte de uma única empresa e terão de trabalhar juntos”, ressalta Ramalho.
Ostreicultura
Os produtores adquirem as sementes das ostras ainda pequenas e colocam em mesas feitas de tela, que ficam fixas no rio, para que cresçam com acompanhamento periódico. Dessa forma, inicia-se o processo de desencaixamento, exigindo a separação manual a cada três meses, tendo em vista que a tendência natural é que elas de unam durante o crescimento.
O passo seguinte é a seleção das ostras por tamanho e a espera da maturação, necessária para comercialização. Quando atingem esse ponto, são retiradas das mesas, escovadas e lavadas com jatos de água purificada, e, somente então, estão prontas para a distribuição e venda. Depois que a unidade de depuração estiver funcionando, elas ainda passarão pela purificação. “Todo esse processo de cultivo e crescimento leva de oito meses a um ano”, complementou Manoel Ramalho.
Serviço:
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