Cientistas da Universidade da Califórnia em Santa Barbara (EUA) criaram células artificiais que podem fabricar substâncias hoje presentes em chips de computador e painéis solares. Estas células podem ser a chave para nosso futuro tecnológico.
Na célula artificial, uma pequena esfera de plástico serve de núcleo, enquanto uma bolha de óleo fica ao redor dela, agindo como uma membrana. Dentro do núcleo fica o DNA, uma combinação de genes que produzem silicateínas – enzimas presentes em certas esponjas marinhas.
E, veja só, a célula artificial consegue fabricar as tais silicateínas usando o seu DNA – assim como uma célula de verdade!
Mas os cientistas não pararam aí. Eles romperam a membrana de óleo das células e deram moléculas de silício (ou titânio) para elas “comerem”. Os pesquisadores então colocaram novas membranas de óleo nas células, e desta vez elas produziram dióxido de silício (ou titânio), novamente usando seu DNA.
O dióxido de silício, ou sílica, é encontrado em chips de computador (servindo de isolamento elétrico) e na fibra ótica. O dióxido de titânio, por sua vez, está presente em painéis solares e pode ser usado em discos que armazenam 1.000 vezes mais dados que um Blu-ray.
E isto é apenas o começo: células de verdade, na natureza, produzem substâncias como fibra de vidro e nanopartículas magnéticas. Pode ser questão de tempo até que células artificiais façam o mesmo. Espero ver mais delas no futuro. [PNAS via Ars Technica]
Imagem por sgame/Shutterstock