O brainstorming é uma tática fortíssima para qualquer equipe que precise desenvolver algo inovador. Trata-se, basicamente, de uma reunião criativa organizada para a criação de conceitos, produtos e soluções diferentes. Desses encontros, empreendedores podem sair com ideias geniais nas mãos, mas é preciso certo esforço. Acontece que a técnica inventada pelo publicitário norte-americano Alex Osborn não é tão simples quanto parece. Para começar, um brainstorming precisa de um mediador. É ele quem deve fazer perguntas, instigar a equipe e se empolgar com as boas ideias. Para o colunista da revista Inc. Michael Olguin, em um brainstorming, tudo depende desse personagem. Em seu último post no site da publicação, Olguin defende que essas reuniões pedem um investimento enorme de tempo e energia da equipe pois, se forem feitas de maneira incorreta, poderão se tornar um desperdício de esforço entre os participantes. Como presidente de uma agência de relações públicas, o colunista diz que já acumulou bastante experiência como mediador de brainstormings e dá algumas dicas do que não fazer e do que fazer nessas situações.
O que gera boas ideias
1. Monte o cenário
Antes de começar a conduzir um brainstorming, certifique-se de que todos os participantes ali estão sabendo tudo sobre o produto ou a ideia que precisam desenvolver. Esse encontro deve ser usado para a criação de boas ideias, não para colocar todos a par da situação. “A pior situação é precisar explicar tudo para todo mundo durante o brainstorming”, diz Olguin.
2. Encoraje qualquer pensamento
Anime a equipe. Faça com que todos queiram dividir o que acham que pode ser interessante, relevante, desafiador ou provocante. Assim, todos se sentirão mais confortáveis em falar o que pensam e você não os deixará intimidados, com medo de falar alguma besteira.
3. O mediador deve facilitar o brainstorming
A chave para uma reunião produtiva é um mediador capaz de perguntar, encorajar, iniciar pensamentos, construir ideias e levar o brainstorming adiante. Nada de se deixar prender por uma única ideia ou ainda de se envolver em conversas paralelas. O mediador precisa estar envolvido com todos ali.
4. O brainstorming precisam acontecer em um ambiente criativo
Uma cafeteria ou até um parque podem ser um ambiente melhor para um brainstorming do que a tradicional sala de reuniões. Espaços abertos e fluidos ajudam a encorajar boas ideias. Muitas agências, inclusive, até criam quartos com desenhos, sofás confortáveis, paredes coloridas e lousas para esses eventos.
O que mata boas ideias:
1. Não deixe o brainstorming ser dominado por uma ou duas pessoas
Certifique-se de que todos os participantes estão ativos. É muito comum que pessoas com personalidades mais fortes tentem assumir o controle da reunião. O trabalho do mediador é evitar esse domínio. Tente perguntar algo para uma pessoa da equipe que não está falando e incentive-a a participar. “Não é porque ela está quieta que não tem boas ideias”, diz Olguin
2. Nunca diga que uma ideia é ruim
Não existem ideias idiotas. Esse pensamento deve permanecer sempre na cabeça do mediador. Interromper um pensamento ou classificar uma sugestão como “ruim” é uma das maneiras mais rápidas de acabar com o fluxo criativo da equipe. Cabe ao mediador administrar essa situação, trazendo uma ideia não tão boa para um contexto, ou fazer algum comentário que possa contribuir para aquela discussão a respeito dela.
3. Nunca vá a um brainstorming já decidido
Não faz sentido reunir sua equipe para um brainstorming se você já sabe o que quer. Caso tenha gostado muito de alguma sugestão, mostre-a para os funcionários. Eles podem ajudar você a ver aquilo sobre outra perspectiva. Isso fará com que todos se sintam integrados na decisão.
4. Tenha noção do tempo
É preciso saber quando um brainstorming deve terminar. Na verdade, sugere Olguin, eles não precisam durar mais de uma hora. O mediador precisa conhecer a equipe o suficiente para saber quando um determinado tópico atingiu o seu ponto máximo ou quando as idéias estão acabando.