Começou hoje a PhotoImage Brazil, aquilo que podemos chamar de o maior evento de fotografia por aqui. E além do lançamento e exibição de algumas das câmeras mais animais do mercado, pudemos também descobrir mais sobre o mercado de… televisores. Sério.
Na seara das câmeras, foco de uma feira que se chama PhotoImage, várias novidades que pipocaram lá fora e comentamos recentemente mostraram a cara no Brasil. Algumas já com preço definido, outras apenas para fazer o povo babar mesmo.
Dentre as que já estão engatilhadas para o mercado nacional, fica o destaque para a linha G atualizada da Panasonic. Nós já falamos um bocado delas por aqui, mas agora G5, GX1 e GF5 têm preços confirmados e chegam nos próximos meses. E que preços mais doloridos.
A nova câmera de entrada da família Lumix G, por exemplo, a GF5, custará no Brasil R$ 2.999. Tudo bem, trata-se de uma máquina micro quatro-terços de 12,1 megapixels, mas o preço é parelho com o praticado pela Nikon por aqui.
O mesmo acontece com a G5 e com a GX1: ambas custam R$ 3.999. Nós gostamos um bocado das câmeras da Panasonic, principalmente na área mirrorless onde ela aposta há tempos, e acreditamos que a GX1, a nova topo de linha, seja realmente animal. Mas é difícil convencer o consumidor brasileiro, que ainda curte muito uma câmera de bolso coloridinha, que investir R$ 4 mil faz sentido.
Por isso mesmo ficamos felizes com o lançamento da Sony, a NEX-F3. Para quem não se lembra, nós já dissemos que ela é o melhor investimento para quem não quer gastar muito e quer uma boa câmera. No nosso review, ela é considerada “a melhor câmera abaixo de US$ 600″. Pois bem, ela chega ao Brasil por R$1.899. Ainda não é a sonhada conversão ideal de valor, mas comparando com algumas das concorrentes, a Sony não derrapou nessa.
Amanhã ainda teremos a coletiva da Canon, que promete algumas surpresas — estaremos lá. O que podemos adiantar é que sua belezinha tão aguardada, a EOS M, estava exposta na área da empresa, mas aparentemente ela não tem data nem preço definido no país. A Fujifilm chamou a atenção pelo lançamento oficial de sua câmera-meio-Polaroid, a Instax Mini 7S (preço sugerido de R$ 349), e a X-Pro1, essa digital, cheia de inovações e com um preço salgado — chega ao país por R$ 7.999, sem lente. E por enquanto, é isso.
Mas e as TVs?
Ah, claro. As TVs. A Panasonic aproveitou a PhotoImage para falar de seus televisores Viera, das mais de uma dezena de telas que deve trazer para o Brasil nos próximos meses… E deu alguns detalhes sobre sua mudança de pensamento sobre o 3D passivo e sobre o conceito de SmartTVs.
Sobre a grande mudança de pensamento a respeito do 3D passivo — que antes era um negócio que os japoneses não gostavam nem um pouco —, a empresa deixou claro que a tecnologia é um caminho para aumentar a venda de televisores 3D. Além disso, os executivos revelaram que nos modelos de entrada da Panasonic, os painéis são comprados da LG. Não é difícil juntar os pontos e concluir que muito provavelmente a própria LG está vendendo telas com 3D passivo para a Panasonic.
Além disso, questionados sobre o uso dos aplicativos das SmartTVs, novamente os executivos foram bem claros: o usuário curte Netflix e redes sociais, no máximo, e abdica das outras soluções por uma questão de “usabilidade” — que nós entendemos também como “utilidade”. Na verdade, até as redes sociais são bem questionáveis para nós: quem quer ver o Facebook ou o Twitter numa tela de 40 polegadas? Mais fácil abrir no smartphone, jogado no sofá, não?
Mas curioso mesmo foi ouvir deles que uma parcela dos usuários compra uma SmartTV e não usa os apps. “É a força do marketing, o usuário chega na loja pedindo uma TV inteligente”. Já era algo que esperávamos que acontecesse com muita gente, mas foi interessante ouvir isso de diretores e executivos de uma empresa envolvida no negócio.
*****
E amanhã voltamos com mais informações da PhotoImage Brazil. Enquanto isso, conte para nós: o que realmente chamou sua atenção nas novidades do primeiro dia da feira? [Foto: PhotoImage Brasil/Facebook]