Michael Arrington, fundador demitido do Techcrunch e fundador do Crunchfund, perguntou de cara para o animado Mark Zuckerberg: o Facebook perdeu metade do valor de mercado depois de abrir o capital na bolsa, como você se sente? Nossa, um soco no estômago ou no rosto? O jovem bilionário apenas balbuciou que isso enche o saco mesmo, mais tarde explicou que não faz bons produtos para ganhar dinheiro, mas ganha dinheiro para fazer bons produtos – e daí ouvimos a primeira de uma série de salvas de palmas do auditório lotadaço.
Arrington não parou de bater, mas sorria porque o pequeno Zuck aprendeu muito sobre entrevistas nos últimos anos (quando eu o entrevistei em 2009 ele metade balbuciava, metade fugia do tema). A entrevista no palco teve vários momentos engraçados e tensos, incluindo a pergunta se Zuck ainda escreve código: “sim, mas não publico nada no código do Facebook porque quem publica é obrigado a manter, e eu não quero nem perder as reuniões de gerenciamento para arrumar quando o código quebra nem botar alguém para cuidar disso”. Obviamente Arrington mandou a pergunta “código feito por Mark Zuckerberg quebra?” e foi aí que o facebooker número 1 respondeu: “tudo que eu faço quebra”.
Seria um sinal? Ha. Talvez não, as ações do Facebook subiram de preço, de $ 19,43 (preço de fechamento do dia) para $ 20,32 pós-fechamento, perfazendo 4,58% de valorização – mas ainda muito longe de recuperar os $ 38 de quando estreiaram em maio.
Entre vários tópicos interessantes que Zuckerberg comentou, cito aqui mais alguns (clique para ler mais, em inglês):
- empresas que Zuckerberg admira: Spotify, Airbnb, Nike+, Runkeeper;
- Facebook tem bilhões de buscas feitas diariamente, a maioria envolvendo pessoas; uma equipe prepara um novo lançamento na área de buscas;
- “nosso maior erro foi apostar demais no HTML5″ (pois era muito cedo);
- “temos mais usuários de Facebook no navegador do celular do que nos aplicativos de todas plataformas juntas”