Eu sou um grande apologista da ideia de que videogames podem (à essa altura, devem) ser considerados uma obra de arte e eu suspeito que a você acham o mesmo. Também, pudera: mais do que nosso hobby favorito, videogames são praticamente parte da nossa identidade pessoal. Aliás, acho que seria difícil encontrar um entusiasta de games que não categorize o entretenimento eletrônico como meio artístico.
Entretanto, saia um pouco do círculo nerd gamer e você verá que essa opinião não é compartilhada pelo mundo em geral. Se você tentar argumentar pra alguém que não tem a mesma inclinação que a gente, o resultado às vezes é uma rejeição imediata dessa noção. “Como assim arte, cara? Esses joguinhos aí que ensinam as crianças a fuzilar escolas? Não força.” Talvez essa seja uma das repostas que você vai receber.
Este sujeito nunca deve ter visto Okami, Shadow of the Colossus ou Flow. É natural que ele não entenda como o meio evoluiu como uma forma de expressão; não é surpreendente que este interlocutor hipotético adote as noções sensacionalistas a respeito dos games.
Para a população em geral, eu acho que existem três empecilhos para a aceitação de games como um meio artístico.