A Black Friday se tornou uma nova tradição do e-commerce brasileiro. A ideia é acompanhar os americanos em 23 de novembro num dia cheio de descontos agressivos. Só que algumas lojas tentam passar a perna nos clientes, fingindo oferecer descontos maiores que o real ao inflar o preço “normal” dos produtos.
Felizmente, há formas de conferir se os descontos da Black Friday são mesmo de verdade.
Participando da Black Friday
Antes de tudo, recomendamos não usar seu e-mail verdadeiro nos cadastros a seguir, para evitar spam no futuro. Faça o seguinte: se você prefere o Gmail, use o endereço seunomedeusuá[email protected]; ou então crie outra conta apenas para spam, e associe-a ao Gmail seguindo estas instruções. No Outlook/Hotmail, você pode criar um alias: basicamente, outro usuário de e-mail para receber mensagens – vá em “Mais configurações de e-mail” e escolha “Criar um alias do Outlook”.
A Black Friday brasileira ficará concentrada nos três sites a seguir: Dark Friday, SaveMe e Busca Desconto.
No Busca Desconto (link), cerca de 40 lojas – entre Walmart, Magazine Luiza, Submarino e outras – reunirão suas maiores ofertas. Para participar, você se cadastra no site com nome e e-mail e espera até sexta-feira à 0h, quando as ofertas vão ao ar. Os descontos valem para diversos produtos – eletrônicos, informática, celulares, games – mas só durante a sexta-feira. O site Busca Desconto promete preços até 70% abaixo do normal.
No SaveMe (link), serão mais de 15 lojas, como Ponto Frio, Dell e Apple Store, além de sites de compra coletiva, como Groupon e Peixe Urbano. Funciona do mesmo jeito: você se cadastra e recebe, por e-mail, as melhores ofertas das lojas. A promessa é de que você terá até 90% de desconto em vários produtos.
Além deles, há o Dark Friday (link): o site se compromete a divulgar apenas ofertas de verdade, que não usem preços inflados para oferecer descontos “absurdos”. Eles acompanham os preços reais através do site Baixou, do qual também são criadores. O Dark Friday funciona como os outros sites: cadastre-se com nome e e-mail, e receba as ofertas à 0h de sexta-feira. Serão 13 lojas participantes, entre Ponto Frio, Walmart e Americanas.
Também vale visitar as lojas individualmente. A Dell, por exemplo, oferece até R$1.000 de desconto para compras em seu site, enquanto a Apple Store – que sempre participa da Black Friday – colocará seus produtos em desconto neste link.
Fique atento também para a Cyber Monday: assim como nos EUA, a segunda-feira após a Black Friday (26 de novembro) promete um saldão de itens de tecnologia. Ano passado, sites como Submarino, Americanas, Magazine Luiza e Ponto Frio participaram da Cyber Monday brasileira, que pode se repetir este ano.
O desconto é real?
Mas como saber se o desconto é mesmo real? Uma boa forma de descobrir é sabendo o preço real do produto.
O site JáCotei (link) acompanha a evolução nos preços de diversos itens: assim, ele mostra em um gráfico o menor valor que cada produto já atingiu.
Para descobrir a evolução de preços, primeiro digite o nome do produto. Depois de encontrá-lo, clique nele; e, na página que abre, clique em “Gráfico de Preços”.
Por exemplo, em um site com “ofertas” de Black Friday (não mencionado aqui), eu encontrei a câmera Canon PowerShot SX150 por R$ 634,84. Mas o gráfico do JáCotei mostra que, normalmente, posso pagar menos de R$500 por essa mesma câmera em lojas confiáveis.
Outro exemplo: no mesmo site, a TV Smart Plus LED 32″ Philips 32PFL5007G custa R$1.300. O JáCotei mostra que, em geral, ela custa menos de R$1.200 – novamente, em lojas confiáveis.
Outro site para acompanhar preços é o Baixou (link). Ele acompanha o preço real de mercado para cada produto, e monitora a maioria das lojas virtuais que participam do Black Friday. É o que usamos no Dealzmodo, nossa coluna semanal com descontos. É mais uma forma de saber se uma oferta é mesmo real.
Por exemplo, esta outra loja (abaixo) diz que o Samsung Galaxy S III normalmente custa R$2.458. Visitando o Baixou, vemos que o preço normal do aparelho é de R$2.099 – e claro, você pode encontrá-lo por menos. Está aí um preço inflado para fingir que o desconto é enorme.
Não duvidamos que várias lojas façam como no ano passado e inflem preços para dizer que oferecem descontos “absurdos” – casos onde o Procon certamente intervirá. Mas com estas ferramentas e dicas, você pode garantir que vai economizar na Black Friday deste ano.
[via Terra e IstoÉ Dinheiro]