O jornal impresso, chamado jornalismo moderno, surgiu no século XVI e é conhecido como o quarto poder. A invenção da prensa móvel (máquina), pelo alemão Johannes Gutenberg ficou conhecida como a grande revolução da escrita impressa. No Brasil, o jornal impresso só chegou por volta de 1808. O atraso se deu por motivos políticos e econômicos, claro.

Jornalismo digital: diferenças entre webjornalismo e jornalismo online (JOL)

O pioneiro da web é o Jornal do Brasil, na década de 90. Há também informações de que o portal Brasil Online (BOL) chegou à internet com um formato webjornalístico, porém a inovação só veio se consolidar nos anos 2000, quando foi criado o primeiro webjornal propriamente dito, o Último Segundo.

A principal característica do webjornalismo é a interatividade. O papel impresso foi cedendo, erroneamente, lugar para as interfaces digitais em alta velocidade, com bits que podem ser atualizados instantaneamente na tela do computador na forma de textos, gráficos, imagens, animações, áudio e vídeo. Recursos multimídia que estão ampliando as possibilidades da mídia impressa.

O jornalismo online (JOL) surgiu praticamente na mesma época que o webjornalismo e veio da necessidade de as empresas de jornais impressos disponibilizarem o seu conteúdo na internet. A intenção era a de ampliar a distribuição das informações em um novo canal. O processo era feito de forma estática, caracterizando apenas como mera reprodução do material impresso.

O jornalismo na internet

A internet e suas teias de conexões trouxeram ao cotidiano do internauta o jornalismo digital ou ciberjornalismo. Além de trazer textos e imagens, como no impresso, o jornalismo digital agrega a hiper e multimídia e consequentemente a interatividade. O processo de produção dar-se de formas semelhantes ao do impresso:

Fato > apuração > fonte > produção textual > notícia > divulgação

Não importa a plataforma, impresso ou online, o jornalismo deve prezar a credibilidade e se preocupar com a verdade. Segundo o jornalista norte-americano Thomas Friedman, só há um antídoto para o jornalismo malicioso – o bom jornalismo. Entende-se que o dever do jornalista e do jornalismo é publicar verdades, assim vistas pelo senso comum.

Já o jornalismo digital traz um leque vasto de oportunidades, mas também de questões e reflexões que devem fazer parte das discussões sobre o assunto. Independente da mídia utilizada, a verdade deve ser prioridade. “Quando as pessoas deixam de acreditar em alguma coisa, o risco não é de que passem a acreditar em nada, e sim de que acreditem em qualquer coisa”, afirmou certa vez o poeta jornalista G. K. Cherteston, ou seria o jornalista poeta? Enfim…

Praticada de forma contrária às normas éticas, a informação pode tornar-se um grande boato – bolhas desinformativas, principalmente com o advento das redes sociais: mídias complementares. Por ser um meio democrático, a internet abre espaço para que qualquer pessoa seja produtor direto de notícias. A tecnologia e a internet tornaram todos repórteres, redatores e fotógrafos.

É preciso reinventar as práticas jornalísticas também no meio digital. Não deve haver diferença entre o “blogueiro jornalista” e o jornalista que escreve sob regras de diagramação para o impresso, com toques contados. O jornalista é, antes de tudo, um mediador social e isso deve permear todos os âmbitos da produção informativa.

Com efeito, o jornalismo digital se agiganta com o aumento e investimentos nas TICs (Tecnologias da Informação e Comunicação). Sendo assim, o poder social acompanha esse crescimento, tendo em vista que vai contemplar novas pessoas e atingir uma massa que muitas vezes nunca teve afinidades com o jornalismo impresso. Dessa forma, é fundamental a aplicação de filtros que separem “o joio do trigo” e que priorize o que de fato é notícia. Essa função é a do bom jornalista.

A noticiabilidade digital está impregnada no cotidiano das pessoas. As informações estão a um clique recheadas de instantaneidade e personalização de conteúdo, a customização. As fotos podem estar em movimento, o vídeo faz regressões ao passado para explicar o presente, o áudio traz a voz da fonte ou o resumo da notícia. O que antes funcionava de forma oral, boca a boca, hoje se faz por meio de link a link, uma informação que leva a outra e a outras, infindáveis percursos virtuais.

Antes e hoje

Nas décadas de 70 e 80, produzir um noticiário impresso era um processo quase que industrial, pois poderia levar dias para fechar uma matéria. A apuração era a mais demorada, a checagem da notícia era descrita com narrativas ricas em detalhes. Hoje, com as facilidades trazidas pela tecnologia e o uso das máquinas (telefone, computador, mobile) atualizar um portal de notícias tornou-se ainda mais simples.

SEO: novas perspectivas para o jornalismo digital – as inovações dentro do novo

Até um ano atrás, falar em Search Engine Optimization (SEO) era abordar um assunto totalmente desconhecido. SEO é um conjunto de estratégias que visam melhorar o posicionamento do site nos resultados de busca.

Como tornar uma notícia líder nos sites de buscas?

Os internautas quando fazem buscas em sites como o Google, por exemplo, costumam clicar apenas nos três primeiros links dos milhares que o site oferece. Investir em SEO é investir em visibilidade e oportunidades de estar no topo das pesquisas. O ponto de partida para compreender a importância do SEO são as palavras-chave digitadas pelos usuários no momento da busca.

A figura responsável pelo SEO no jornalismo não precisa necessariamente dominar as ferramentas que se usam para fomentar o processo de liderança nas buscas. O jornalista precisa de apoio profissional que o auxilie na implantação de mecanismos que promovam o acesso rápido e resultados significativos. Os recursos de classificação das notícias utilizados pelo Google se dão da seguinte forma:

• Título: O título é um detalhe mais importante da notícia, seguido das tags (palavras-chave que “resumem” o conteúdo da notícia);
• URL: O endereço da página deve já mostrar o assunto abordado no texto. Ao ler a URL, o internauta/leitor deve conseguir identificar o assunto que irá encontrar na página;
• Domínio: Ao pesquisar determinada palavra-chave no Google, o site que tiver o domínio igual à palavra pesquisada vai estar logo em cima entre os links sugeridos. O domínio também é um fator de importância muito alta para o SEO.

Conclusão

O jornalismo digital está presente no cotidiano das pessoas cada vez mais conectadas. Ainda no processo de adequação às novas mídias e redes sociais, o jornalismo feito na internet ganha adeptos. São mais de 80 milhões de internautas. Essa é a mídia mais consumida no Brasil, ultrapassando a televisão.

Segundo dados do Interactive Advertising Bureau (IAB), mais de 40% dos entrevistados (entre 15 e 55 anos – 51% homens e 49% mulheres) passam pelo menos duas horas por dia navegando na internet (por vários dispositivos digitais), enquanto apenas 25% gastam o mesmo tempo assistindo TV.