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Asteroide Apophis pode destruir satélites quando voltar a passar próximo da Terra


O asteroide mortal Apophis está passando com segurança pela Terra hoje, a mais de 14,5 milhões de quilômetros do nosso planeta natal. Mas na próxima passagem não teremos tanta sorte. No dia 13 de abril de 2029, o Apophis vai passar tão perto que poderá destruir satélites em órbita.

O observatório Herschel, da Agência Espacial Europeia, conseguiu novas imagens do asteroide e os novos dados são conclusivos.

Primeiro, ele é muito maior do que estimava a NASA. De acordo com as imagens, esta besta rochosa tem diâmetro de 325 metros, com uma margem de erro de aproximadamente 15 metros. Segundo o líder da equipe de pesquisas Thomas Müller, do Instituto de Física Extraterreste Max Planck em Garching, na Alemanha, “o aumento de 20% no diâmetro, de 270 para 323m, se traduz em um crescimento de 75% das nossas estimativas do volume e massa do asteroide.”

Isso significa que se ele atingir a Terra, o poder de destruição será muito mais do que os cientistas inicialmente esperavam. Baseada em dados anteriores, a NASA estimava que um impacto de 510 megatons para o Apophis. Isso é mais de duas vezes a energia liberada pela erupção do Krakatoa em 1883, um evento que mudou o clima da Terra por cinco anos.

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Por enquanto os cientistas ainda não divulgaram uma nova estimativa, mas o aumento de 75% na massa pode aumentar o poder para algo perto de 880 megatons – cerca de 17 Tsars, a maior bomba nuclear já criada.

A boa notícia (!) é que o Apophis ainda é pequeno o suficiente para não matar todos nós, mas ele pode atrapalhar a vida no planeta por algumas décadas. Em comparação, o asteroide Chicxulub liberou cerca de 100.000.000 megatons quando iniciou o evento de extinção em massa que supostamente acabou com os dinossauros.

A passagem de 2029

Em 2029 nós estaremos seguros da ameaça do Apophis também. O asteroide não vai atingir a Terra, dizem astrônomos, mas vai “passar a 36.000 quilômetros da superfície da Terra, mais perto até que órbitas de satélites geoestacionários.”

Isso significa que, enquanto nosso pequeno planeta azul seria poupado, nossa constelação altamente populosa de satélites pode sofrer algumas consequências. Seria ruim se acontecesse, mas não tão ruim quanto a estimativa inicial da NASA de 2,7% de possibilidade de impacto.

Ninguém sabe exatamente se uma colisão com satélite pode acontecer. O espaço é enorme, mas existem muitos satélites por lá. Não é loucura pensar que alguns deles possam ser destruídos enquanto assistimos Apophis marchar na nossa noite estrelada.

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A trajetória do Apophis em 2029

O que pode acontecer em 2036

Cientistas não podem dizer o que vai acontecer na passagem seguinte, em 2036. De acordo com análises recentes, existe uma chance de 1 em 250.000 de impacto. É extremamente baixa, mas ainda assim maior do que a possibilidade de ser atingido por um raio. É por isso que russos estão considerando uma missão para desviá-lo – com o personagem de Bruce Willis interpretado por Sean Connery como Capitão Marko Ramius. [ESA]

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