Brasília – Proprietários de micro e pequenas empresas – aquelas que faturam até R$ 3,6 milhões por ano – aguardam com expectativa as novas tarifas da contas de energia, que passam a vigorar a partir de fevereiro. Eles colocaram na ponta do lápis os impactos que os novos preços de energia vão representar para seus negócios. Mesmo quem já adotou iniciativas para diminuir o desperdício faz planos para o futuro com o dinheiro que irá economizar.
Dono de três padarias em Brasília, Cláudio Henrique de Faria acredita que poderá guardar por ano quase R$ 50 mil e que esse dinheiro virá em boa hora, pois todas as padarias terão que trocar seus equipamentos de acordo com norma do Ministério do Trabalho e Emprego de 2010, que estabelece regras técnicas para máquinas e equipamentos utilizados em diversos setores produtivos. Para panificação e confeitaria, a portaria estipulou prazo de seis meses para a adequação de máquinas novas e de 18 a 66 meses para a troca de equipamentos antigos, variando de acordo com o tipo de máquina e o número de trabalhadores de cada empresa.
“Qualquer redução de custos é bem-vinda para incentivar o desenvolvimento dos negócios, ainda mais quando se trata de um item essencial como energia elétrica”, afirma o presidente do Sebrae, Luiz Barretto. “O Brasil tem cerca de 63 mil padarias e quase a totalidade são micro ou pequenas empresas. Se levarmos em conta o exemplo desse empreendedor, estamos falando de uma economia anual de mais de R$ 1 bilhão somente nessa atividade”, completa.
Já para a empreendedora Silvana Araújo, proprietária de um salão de beleza em Brasília, a redução da tarifa de energia vai gerar uma economia de pouco mais de R$ 2 mil por ano. Parece pouco, mas hoje já são aproximadamente 241,2 mil salões de beleza no país. Esse valor deve ser reinvestido no próprio salão para melhorar o atendimento. “O nosso comportamento está permitindo que pensemos em abrir mais uma loja em outro bairro da cidade. Estamos na fase de estudos de viabilidade com o Sebrae e, em breve, acredito que terei mais salões com o meu nome”, diz orgulhosa a empresária.
Para Sara Bravo Elias, diretora-administrativa da Sorvete Salada, em Minas Gerais, a redução dos custos de energia é uma iniciativa de extrema importância para as empresas, necessária para as políticas de recuperação da competitividade da pequena e média indústria brasileira. Representando 7,5% do custo fixo de produção, o consumo de energia é um dos itens que a empresa monitora constantemente.
Uso mais eficiente
A redução das despesas com energia elétrica pode se tornar ainda maior ao se levar em conta uma boa gestão do consumo. A diretora da Sorvete Salada conta sobre os estudos de eficiência energética que a empresa realizou com o apoio do Sebrae. Dentre as ações que foram apontadas no relatório final do estudo foi implementada a readequação de modalidade tarifária da conta, por meio de contrato com a concessionária de energia do estado que prevê um custo menor do kw/h, além da substituição de alguns equipamentos, luminárias e lâmpadas de alto consumo por outras de baixo consumo e mais adequadas ao ambiente onde estão instaladas. Com as medidas já implantadas, a economia gerada foi em torno de 8% da conta de energia elétrica. A empresa estuda também a instalação de um gerador, o que deverá reduzir em aproximadamente 17% os custos mensais com energia elétrica.
O Sebrae orienta micro e pequenas empresas a adotar atitudes simples que podem reduzir significativamente o consumo de energia elétrica, ao mesmo tempo em que favorecem o meio ambiente. Veja abaixo algumas dicas:
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