Em março de 2012, a equipe do Google norte-americano passou por São Paulo e fez uma visitinha ao escritório de André Tannús e Rodrigo Hanashiro, os fundadores da Epungo, uma startup que desenvolve buscas para mapas. Os dois acabaram ganhando lugar de destaque em um vídeo e em um post divulgado no canal de desenvolvedores do Google. Um ano depois, a companhia já tem seu primeiro produto no ar e busca atrair usuários.
“A gente começou com imóveis e veio o dilema: não dá pra comprar imóveis onde não têm imóveis cadastrados, e não dá pra vender o imóvel em um site que ninguém visita”, explicou Rodrigo, em um bate papo comigo. Na busca geográfica por imóveis da Epungo, o usuário pode fazer um quadrado ou um círculo, por exemplo, na área da cidade onde quer procurar um imóvel. Ao selecionar a área específica, ele escolhe os filtros para encontrar o imóvel ideal –dá pra filtrar pelo preço ou pela quantidade de padarias ao redor, por exemplo. (Sim, a ideia é realmente legal pra quem quer comprar casa perto do metrô, por exemplo, e não por um bairro específico.)
De lá pra cá, o esforço tem sido de atrair as imobiliárias para anunciar os imóveis no site e, agora que já existe material o suficiente, eles buscam os usuários. “Já temos bastante imóveis em Curitiba, em São Paulo e no Rio”, conta Ricardo. Com o destaque obtido com a ajudinha do Google, vieram pedidos de outras cidades e os pedidos das imobiliárias. “Elas querem o API, pra poder usar a tecnologia no site deles e estamos fazendo isso também. Elas poderão instalar o produto no site delas”, afirma o cofundador.
O primeiro ano no ar também rendeu ao Epungo uma parceria com o site Catraca Livre. A mesma tecnologia de busca geográfica foi aplicada aos eventos da cidade de São Paulo, com a ajuda do site. “Também vamos cobrir a virada cultural”, explica André.
Ainda funcionando com investimento próprio, a Epungo diz que está com “ouvido aberto” para investidores e afirma já estar conversando com vários nomes. Eles contam que buscam alguém que esteja alinhado com as ideias da empresa. “Esse capital seria usado para a campanha de marketing, porque isso custa caro, e para expandir a equipe”, conta André.