A Dish é uma operadora americana de TV por satélite. Ela parece bacana, oferecendo canais brasileiros nos EUA e um serviço, chamado Hopper, que permite assistir TV em qualquer dispositivo e pular as propagandas na TV aberta.
Segundo a Folha, a Dish vai desembarcar no Brasil. Isso significa mais concorrência e talvez um redução nos preços da TV paga.
Dado que, ao longo dos próximos anos, o Brasil deve ter um crescimento enorme na base de assinantes, é fácil entender por que a Dish – do bilionário Charles Ergen – quer entrar no país.
E quando isso vai acontecer? Pelas regras da Anatel, eles têm até meados de 2016 para fazer isso. Mas talvez a estreia não demore: segundo a Folha, a Anatel já aguarda o pedido de autorização. Só que a história da Dish no Brasil é longa, envolvendo muito dinheiro e negociações fracassadas.
Em 2011, a operadora venceu leilão da Anatel para lançar um satélite em espaço brasileiro. Para tanto, eles pagaram 3.500% acima do mínimo exigido pela agência – algo sem precedentes – e tiraram a Sky da disputa.
Vale notar que a Sky é controlada pela DirecTV, principal concorrente da Dish nos EUA. Parece que a rivalidade entre as duas mal esperou pela estreia desta no Brasil.
Em vez de lançar um satélite, a Dish apenas trouxe para acima do Brasil um satélite que cobria o México – provavelmente para acelerar o lançamento da TV paga no país.
A ideia inicial não era trazer a Dish ao Brasil: era atuar em parceria com uma empresa local. Depois que as negociações com a Oi não deram certo, parecia certo um acordo com a Telefônica/Vivo – o que não aconteceu. (Algum tempo depois, Vivo e Sky fecharam parceria.) Agora, a Dish deve estrear sozinha. Ficamos no aguardo. [Folha]