Todo ser humano é curioso por natureza. É a curiosidade que nos estimula a aprender, descobrir o mundo… Nas crianças essa característica é muito mais evidente, já que o tempo todo elas estão fazendo todo tipo de perguntas, estabelecendo conexões interessantes e livres de julgamentos, como ocorre depois que a gente cresce, aprende um monte de regras e entra em uma caixa. E justo em um momento em que a gente está discutindo aqui no B9 o papel da internet (e também da tecnologia) nisso tudo, aparece Things Kids Say, filme da Jam para o Windows Phone no Reino Unido.
A situação retratada é típica dos dias de hoje: uma criança cheia de perguntas e pais ocupados (talvez até despreparados) demais para respondê-las. Mas com um Windows Phone não tem tempo ruim: o Kids Corner está aí para isso. Daí a mãe vai, pega o celular com um monte de joguinhos e pronto, consegue ter sossego para ler sua revista.
O que me mata é que, de repente, o menino para de fazer perguntas. É como testemunhar a curiosidade de uma criança sendo executada ali, a sangue frio. E isso não é uma boa mensagem.
A tecnologia não é ruim. A internet, muito menos. O que pode ser ruim é a maneira como nos relacionamos com estas e outras coisas, quando a gente deixa de vivenciar uma experiência para conhecer algo pelos olhos dos outros, em textos, filmes, etc. Quando ficamos tão distraídos com algo, que deixamos de fazer perguntas e buscar respostas em diferentes lugares. É um papo que ainda vai continuar.
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Post originalmente publicado no Brainstorm #9
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