Você paga para viver ou é pago para viver? Já pensou nisso? Na última sexta-feira lancei um novo projeto que, pela sua cara, tem tudo para ter uma vida longa e próspera assim como tudo que fiz aqui neste site. Lancei uma escola virtual onde dou aulas sobre assuntos práticos, bem práticos, fruto tanto da minha educação como principalmente da minha experiência à frente dos meus negócios ou prestando consultoria em negócios de clientes. A ótima experiência com a abertura deste projeto, me fez verificar, logo assim que a ideia nasceu, que o caminho “de volta para casa” estava sendo percorrido. Que eu, enfim, começava a ser pago para estudar, aprender e ensinar, algo que sempre desejei quando bem pequeno.
Volte a ser criança
Eu indico um exercício a todas as pessoas que chegam até mim insatisfeitas com as suas carreiras. Um exercício simples, mas ao mesmo tempo profundo e poderoso que revela, na essência de cada um, seu mais natural talento. Sugiro a elas que voltem no tempo onde viviam com alegria e sem preocupações. Voltem para um tempo onde suas preocupações eram as brincadeiras, a arrumação do quarto e o convite dos amigos para ir pra rua jogar bola ou andar de bicicleta. Peço para que se aprofundem, o tempo que for necessário, na visualização deste cenário, escondido no tempo das suas vidas, para enfim se encontrarem.
O que você fazia naquela época? O que mais te divertia? Quais eram as suas inspirações, sentimentos e alegrias?
Desde que comecei a ir para a escola e vi o mundo acelerar na minha frente, minha curiosidade a respeito das coisas despertou. Não que eu ficasse debruçado sobre livros, mas tinha o costume de lê-los da mesma maneira que os leio hoje em dia. Deglutindo-os. Eu lia um parágrafo e refletia. Lia uma página e refletia mais. Eu pensava nas possibilidades, comparava uma situação com outra da minha vida, sempre em busca de respostas fora dos livros que eram (e são até hoje para mim) ignição para minhas ideias e formas pensamento, não conclusões indiscutíveis sobre a realidade.
E da mesma forma que o mundo acelerava e com ele acelerava o meu conhecimento acerca das coisas, aumentava o meu querer por velocidade, por andar de bicicleta da forma mais rápida e de correr ladeira abaixo com os meus amigos. Eu era assim, uma pessoa feliz em liberdade gostando de estudar e de viver aventuras.
Liberdade é ser livre desde o momento que se enxerga livre
Evidentemente o tempo passou e eu caí na roda viva da vida. Provas, vestibular, casamento, separação, emprego, empresa, emprego, empresa, dívidas, impostos, amigos, ex-sócios e tudo virou aquele turbilhão de distrações que todo mundo já conhece. No entanto a vontade e a opção pela conquista sempre esteve acesa assim como a atenção de que eu estava distraído das coisas importantes da vida também. Mas foi no momento que me declarei livre que me tornei livre e virei a chave para aquilo que seria o início do caminho em direção a liberdade.
Evidentemente não me tornei perfeito ou me senti livre de uma hora para outra, mas a sensação de passar cada vez mais horas vivendo de acordo com as coisas que eu acreditava e não mais de acordo com as coisas que havia me domesticado, me davam a cada dia, mais e mais certeza de que a liberdade estava próxima. A mesma sensação que tenho hoje acrescida de 10% de bônus por ter criado um ambiente onde pessoas me pagam para viver a minha vida de empreendedor, estudar e passar para elas todo o conhecimento que acumulo e acumulei. Muito interessante.
Repense suas dores
Não há necessidade de sofrermos. Quando pegava o trem em Realengo indo em direção a Central do Brasil no Rio de Janeiro e vivia aqueles momentos da viagem entre apertos e empurrões, sendo guiado como boi indo para o matadouro, já sabia que aquilo não poderia ser a vida para qual eu havia sido criado. E acredito que você e tantas outras pessoas pensam hoje o mesmo que eu pensava naquela época.
O mundo não é triste, nós que fazemos o mundo triste. Nós não precisamos sobreviver. Podemos apenas viver.
Cada vez que eu faço uma dieta nova, pratico um novo esporte ou repenso meus gastos, percebo a quantidade de “extras” que carregamos em nossas vidas. Comemos e bebemos muito mais do que o devido. Vivemos muito menos do que podemos. Gastamos muito mais do que precisaríamos gastar. Não levanto a bandeira de ser vegetariano ou ser triatleta e muito menos de viver sem se divertir investindo em equipamentos eletrônicos ou viagens extravagantes. Acredito que é preciso que encontrar o equilíbrio que surge da investigação daquilo que chamamos de talento dentro de nós.
Eu não sou diferente de você. Eu sou igual a você. Não sou nem pior e nem melhor que você. Sou um ser humano que pensa bobagens e faz bobagens na mesma velocidade com a qual se arrepende delas. Todos nós temos a oportunidade de sermos pagos para viver a nossa vida de forma autêntica. A Escola do Insistimento é a minha maneira de colocar isso em prática, mas qual é a sua?
Sua autenticidade faz falta no mundo e o recado hoje é para você, que ainda não se mostrou para o mundo, mais do que nunca, voltar no tempo, resgatar sua criança interior e trazê-la para cá, em 2013 ser aquilo que ela pensou e desejou ser quando ainda era menino ou menina. Pense nisso. Reflita sobre isso.
Qual, enfim, é a sua coloboração?
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