X

Busque em mais de 20.000 artigos de nosso acervo.

Novidades pela net

Reason é exemplo de que incubadora é apoio ideal para sobreviver aos obstáculos


por Cléia Schmitz

Desde o final dos anos 1980, incubado­ras de empresas na área de tecnologia têm tornado possível o surgimento e desenvolvi­mento de negócios que, de outra maneira, dificilmente teriam realizado seu potencial. São boas ideias que só precisam de um bom barco para atravessar as águas turbulentas do mercado e se firmar no rumo certo. E continua sendo assim, mesmo quando as ondas mudam de direção. Ao longo dos anos, o cenário econômico se alterou mui­to, mas as incubadoras se adaptaram às ne­cessidades das empresas e continuam sen­do tão importantes quanto antes.

cef incubadora

A história da Reason Tecnologia ilustra bem essa capacidade de adaptação. A empre­sa nasceu em 1991, de uma das incubadoras pioneiras no Brasil, o Centro Empresarial para Laboração de Tecnologias Avançadas (Celta), vinculado à Fundação Centros de Referência em Tecnologias Inovadoras (Cer­ti), em Florianópolis. Na época, o kit de so­brevivência de uma novata no mercado de tecnologia tinha como itens principais com­putadores e capacidade de atração de mão de obra qualificada. A reserva de mercado de informática tornava os equipamentos importados caros e os pesquisadores só en­contravam laboratórios e remuneração seus estudos nas universidades.

Fundador e presidente da Reason, o engenheiro Guilherme Stark Bernard conta que as incubadoras ajudaram as empresas nascentes a ultrapassar esses obstáculos. “Um dos principais atrativos (das incubado­ras) eram as bolsas do CNPq (o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico), que pagavam os pesquisado­res responsáveis pelo desenvolvimento de nossos produtos”, explica o empresário. A outra vantagem de iniciar o negócio numa incubadora era a infraestrutura que esses centros colocavam à disposição das empre­sas, com laboratórios e computadores.

Hoje, esses atrativos provavelmente não seriam suficientes para convencer empre­endedores a chocar seus negócios de tec­nologia em incubadoras. Com a inflação sob controle há quase duas décadas e a abertura do mercado, o custo dos equipamentos já não assusta. Eo cenário também mudou em relação à disponibilidade de recursos para investimentos em inovação, incluindo a capacidade de remunerar bem os desen­volvedores. Há agências governamentais de fomento – como a Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) – e fundos privados ban­cando a aposta, o que não existia em 1991.

Mas isso não quer dizer que as incuba­doras perderam o apelo. Elas continuam sendo um porto seguro para a inovação em estágio embrionário, só que por razões diferentes. Bernard aponta três atrativos de uma incubadora no momento: o contato direto com outros empreendedores, a for­mação empresarial e o apoio na captação de recursos para investimentos na empresa, seja por meio de linhas de fomento ou de fundos de investimento. “A cooperação e a troca de experiência entre todos os empre­endedores sempre foram e continuam sen­do o mais importante em uma incubadora”, afirma o empresário.

Bernard assimilou tão bem essa lição que desde o ano passado ele é o presidente da Associação Catarinense de Empresas de Tecnologia (Acate), que responde pela in­cubadora Midi Tecnológico. A entidade tem mais de 600 empresas associadas em todo o estado, divididas em verticais de negócio, entre elas a Vertical de Energia, onde está a Reason. “É quase uma incubadora, que per­mite a criação de novos negócios”, destaca Bernard. Nesse espaço, a Reason é sócia de três empreendimentos, todos no segmento de energia: AQX Instrumentação, Link Pre­cision e PowerOpticks.

Liderança

Líder absoluta com 90% do mercado brasileiro em sua área de atuação, a Re­ason desenvolve soluções de alto valor agregado para o setor elétrico e indus­trial. Seu portfólio de produtos inclui, por exemplo, registradores digitais de perturbações que ajudam a aumentar a confiabilidade do sistema elétrico. “Quando entramos no mercado, essa perturbação era registrada num papel por uma espécie de sismógrafo”, lembra Bernard. A grande façanha da Reason foi ter conseguido entrar num mercado até então dominado por grandes mul­tinacionais como Siemens e Schneider Electric.

Eessa façanha não se restringe ao Brasil. Há quatro anos, a empresa co­meçou um processo de internaciona­lização e abriu uma filial na Alemanha, onde mantém uma unidade produtiva, e um escritório nos Estados Unidos. Em pouco tempo conquistou clientes importantes mundo afora. Recentemen­te, venceu uma licitação para fornecer equipamentos para o sistema elétrico de Israel. “Esse contrato é muito re­presentativo não só pelo volume de equipamentos – equivalente a um ano de produção da Reason –, mas porque Israel é um polo de tecnologia em se­gurança”, afirma Bernard. Os mesmos equipamentos também são usados em Taiwan.

Mas um dos maiores orgulhos de Bernard – e um grande cartão de visitas para a Reason – é o fato de a empre­sa constar na lista de fornecedores do Centro Europeu de Pesquisas Nucleares (Cern). A entidade anunciou em julho do ano passado a descoberta da suposta “partícula de deus”. “O controle absolu­to do tempo é uma das principais fun­ções nessa pesquisa e a solução forneci­da pela Reason faz o sincronismo deste equipamento”, explica o empresário. Em 2011, a empresa faturou só no Brasil R$ 22 milhões e a expectativa era fechar 2012 com R$ 25 milhões.

 

Via RSS de Empreendedor

Leia em Empreendedor

Comente este artigo

Populares

Topo
http://enterslots.epizy.com/ http://cair138.epizy.com/ http://sido247.epizy.com/ http://omega89.epizy.com/ http://merdeka138.epizy.com/ 7meter slot 7winbet abcslot https://obor138.web.fc2.com/ https://monsterbola.web.fc2.com/ https://daget77slot.web.fc2.com/ star77 138 slot istana77 mega138 cuan138 nuke gaming slot grandbet infini88 pg slot baccarat casino idn live idn poker sbobet tangkas88 slot sbobet88 slot deposit dana joker123 autowin88 zeus138 dewagg roma77 77lucks bos88 ligadewa sonic77 168 slot