Este texto faz parte da coluna da Plataforma Brasil feito especialmente para os leitores do Saia do Lugar.
Por: Gustavo Chierighini, fundador da Plataforma Brasil Editorial.
Caro leitor, muito se fala sobre a força do empreendedorismo e sua contribuição para uma economia forte e saudável. Abordam-se também os riscos inerentes à atividade, as ilusões, e os benefícios sempre presentes – para os bem sucedidos.
Em meio a isso, muita retórica, clichês vazios, e uma avalanche de opiniões de quem jamais na vida empreendeu se quer uma honrosa carrocinha de cachorro quente. Aliás conviver algumas horas ou dias com o dono de uma carrocinha dessas, deveria fazer parte da grade curricular da maioria dos cursos de empreendedorismo.
Mas no meio desse turbilhão de informações, algumas se destacam como essenciais e muitas vezes estão diretamente relacionadas ao fracasso. Então, crentes de que poucas iniciativas ensinam melhor do que o insucesso, desta vez, navegaremos na contramão de receituário comum, destacando aqui as práticas comumente exercidas por empresários iniciantes (e muitas vezes por outros bem experientes) que ajudam a abreviar o caminho para as falências e as frustrações empresariais.
Vamos lá:
1. Não seja apenas confiante diante dos desafios e eventuais adversidades, no lugar dessa postura tão tímida, simplesmente acredite ser absolutamente invencível;
2. Seja “moderninho” e o quanto antes sepulte o conceito de que a empresa e os investimentos servem primordialmente para remunerar o risco dos investidores e empreendedores;
3. Mergulhe de cabeça nos modismos corporativos e empreendedores, principalmente se os mesmos forem concebidos por “mentes brilhantes” repousadas em cabeças de especialistas que jamais empreenderam na vida;
4. Despreocupe-se com as questões formais e documentais. Em um ambiente de negócios pouco burocrático como o brasileiro, isso certamente será a chave para a sustentação empresarial;
5. Maximize a sua avaliação e o julgamento diante dos êxitos potencias do seu empreendimento e minimize os riscos;
6. Cultive a ideia de que largar um emprego fixo, e se tornar dono do próprio negócio, certamente lhe trará uma rotina com menos dedicação, menor stress, e menos tempo dedicado ao trabalho;
7. Opere com um planejamento financeiro capenga;
8. Gaste mais do que ganha;
9. Dilapide o seu patrimônio pessoal em benefício do seu sonho. Será excelente não poder contar com nada, caso o seu negócio não se prove viável;
10. Limite o seu universo intelectual aos livros da auto-ajuda empresarial;
Existem muitas outras práticas “virtuosas”, mas essas certamente estão entre as mais comuns.
Boa sorte, não faça isso em casa, e até o próximo.
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