O nível de inadimplência das empresas aumentou 2,9% em julho, segundo aponta o Indicador Serasa Experian de Inadimplência das Empresas. Houve alta também sobre o mesmo mês do ano passado (4,6%) e no acumulado de janeiro a julho (1,8%).
Os economistas da Serasa Experian atribuem a elevação da inadimplência em parte à valorização do dólar. Com a moeda norte-americana mais alta, as empresas que assumiram compromissos atrelados a ela enfrentam, consequentemente, ônus maior.
Além disso, com os juros mais altos, o setor paga mais caro para conseguir capital de giro. Os economistas também apontam como fator para a alta do endividamento, o crédito mais seletivo, restringindo o acesso, principalmente, dos micro e pequenos empresários.
A inadimplência em relação a junho foi puxada, principalmente, pelo aumento de 8% no movimento de títulos protestados. No acumulado do ano até julho, comparado a igual período do ano passado, esse tipo de dívida teve expansão de 5,3% com valor médio de R$ 2.042.
O segundo tipo de dívida que mais cresceu foi com os bancos (2,6%). De janeiro a julho, no entanto, essa inadimplência está 4% menor do que no mesmo período de 2012, com valor médio de R$ 5.074.
Já as emissões de cheques sem fundo foram 1,9% maiores do que em junho e 13,2% superiores ao acumulado de janeiro a julho do ano passado com valor médio de R$ 2.492,12.
Nessa mesma base de comparação houve alta de 4,7% nas dívidas não bancárias (cartões de crédito, financeiras, lojas em geral e prestadoras de serviços como telefonia e fornecimento de energia elétrica e água) com valor médio de R$ 812. Sobre junho último, a taxa ficou praticamente estável com alta de 0,3%.