O primeiro ponto que gosto de frisar ao falar de ambientes de trabalho é sobre a real finalidade de ter um: fazer com que as pessoas envolvidas nesse ambiente consigam produzir o seu melhor trabalho.
Colocar um mesa de ping-pong ou um vídeo-game e encher de puffs e almofadas que nunca são usados, mas deixam o escritório mais “descolado”, simplesmente não adianta nada.
Na verdade, isso pode até piorar o ambiente, já que coloca algo bacana, mas inalcançável diante das pessoas.
A grande questão aqui é que não existe apenas um “ambiente ideal”. O melhor ambiente deve ter elementos que a maioria das pessoas presentes nele valorizam e, a partir disso, conseguirão de fato alcançar o máximo de sua produtividade.
Por isso, levantamos 5 dicas a partir das quais você conseguirá o ambiente mais adequado para sua empresa:
1- Criação de um espírito de equipe
Clientes compram um produto/serviço que chega até ele graças a vários pequenos trabalhos que, separadamente significariam muito pouco, mas em conjunto conseguem de fato gerar valor.
Empresas com duas pessoas ou mais conhecem muito bem essa realidade: o trabalho de uma pessoa interfere diretamente no trabalho das demais, por isso quanto melhor for a integração entre as pessoas do time, melhor o resultado final.
Essa integração começa com regras bem colocadas sobre como as pessoas podem interagir e se comunicar. Por exemplo, aqui na Empreendemia temos as seguintes regras e diretrizes para comunicação interna:
– Além das reuniões de planejamento quinzenais, temos uma reunião diária de manhã de 15 min onde todos falam o que será feito no dia. Caso você precise de uma ajuda de outra pessoa, fale agora ou cale-se até o próximo dia;
– Caso precise interromper uma pessoa, chame-a. Se ela falar “me chama daqui 5 (ou 30) minutos”, não fique chateado, pois nem sempre é legal perder a linha de raciocínio;
– “Sem mi-mi-mi” é um dos nossos valores, ou seja, feedbacks acontecem sempre e de maneira totalmente franca, pois assim conseguimos uns nos ajustar aos outros.
Por fim, mas também essencial, pessoas que trabalham bem juntas são pessoas que se conhecem e que, muitas vezes, são amigas. Portanto, churrascos (ou qualquer tipo de festa) periódicos, happy-hour’s, aquele vídeo-game na empresa ou mesmo almoços são sempre ótimas oportunidades para a equipe se unir ainda mais.
2- Propósito
As revoluções industriais já nos mostraram isso, mas é sempre legal enfatizar: ter um propósito é um dos principais fatores de motivação de pessoas (veja outros aqui).
Por mais que uma pessoa goste daquele trabalho diário, é só uma questão de tempo até ela parar e pensar: ”por que p*##@ eu estou fazendo isso?”.
A dica aqui é mostrar para as pessoas como o trabalho delas influencia não só o trabalho de outras pessoas da equipe, como também pode ter reflexos diretos no produto/serviço consumido pelo cliente.
Isso pode ser feito através de melhores descrições das funções e um bom trabalho de liderança. Mas o melhor é através de reuniões nas quais as pessoas interajam diretamente com outros da mesma cadeia e consigam, assim, não só ver como o trabalho delas diretamente influenciou algo, como também gerar ideias para o processo inteiro.
3- Horários que respeitem o ritmo de cada pessoa
A controvérsia aqui é garantida, porque existem funções nas quais a flexibilidade simplesmente não é uma opção, por exemplo: atendimento a clientes, produção industrial, vendas (muitas vezes) e por aí vai.
Além disso, a necessidade de fazer reuniões e trabalhos específicos em conjunto acaba obrigando as pessoas a se adaptarem aos horários da ‘maioria’.
Ao mesmo tempo, existem outras diversas funções que podem sim oferecer uma grande flexibilidade de horários, favorecendo assim a produtividade individual. Se existem pessoas que funcionam muito bem de manhã, então por que não autorizar um acesso mais cedo e liberá-las mais cedo também? Assim como inverso para as pessoas que rendem mais à tarde e à noite.
Outro ponto muito relevante é cobrar as pessoas pelos resultados entregues e não tanto pelo número de horas trabalhadas. Melhor 2 horas trabalhadas a 100% do potencial, do que 4 horas trabalhadas a 50% (que provavelmente culminarão num retrabalho).
Claro, tudo isso obedecendo a parâmetros básicos para que a equipe continue funcionando como um conjunto.
4- Meritocracia
Nada é pior do que você fazer um ótimo trabalho, onde você não só deixa de ser reconhecido, como vê outra pessoa recebendo gratificações por um trabalho não tão bem feito como o seu.
Se você quer bonificar as melhores pessoas da sua empresa, é extremamente necessário criar metas individuais (e de equipes) para que todos os trabalhos sejam avaliados e as pessoas devidamente bonificadas (ou demitidas).
Um ambiente com metas claras e sem favorecimento é um ambiente justo.
Dica extra: trabalhe as metas para incentivar que as pessoas se ajudem e não se boicotem.
5- As ferramentas adequadas para o trabalho
Pessoas qualificadas, time unido, propósito comum e boas metas – tudo isso acaba prejudicado se você não oferece as ferramentas adequadas para a execução do trabalho.
Desde um ambiente físico agradável (nem muito frio, nem muito quente), até computadores e monitores decentes e, claro, móveis ergonômicos. Sem esquecer de aspectos básicos, como impressoras, papelaria e até o cafezinho com biscoito.
Em termos de ferramentas para escritório, nossa parceira Staples é umas melhores soluções.
Além de ser totalmente online, ela oferece tanto equipamentos mais duráveis como cadeiras, mesas e computadores, como também aqueles materiais para o dia a dia: materiais em geral, cartuchos, papel e alimentos.
Veja mais sobre a Staples aqui.
Abraços,
Luiz Piovesana (o ‘ambientalista’)
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