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Inovação no modelo de negócio e no ensino faz escola de idioma se diferenciar


A rede de franquias TopWay começou quando três ex-funcionários de uma escola de inglês se inspiraram em suas experiências para criar a própria rede especializada no ensino do idioma. Com uma metodologia diferenciada e uma estratégia de negócios inovadora, a marca permite que somente ex-funcionários possam abrir uma nova fran­quia. Assim, distanciando-se do modelo em que o franqueador define todas as diretrizes da empresa e apenas repassa as decisões aos franqueados, a rede de escolas de inglês optou por uma sistemática de negócio que limita a abertura de novas franquias.

Fundada pelos sócios Otávio Cardoso, Tiago Nunes e Fábio Toscani em 2004, a TopWay conta atualmente com 14 unidades instaladas em Santa Catarina e Rio Grande do Sul. E neste ano planeja expandir sua atuação para o Paraná. Ao desenvolver a proposta de negócio da franquia, os sócios contaram com os anos de experiência no atendimento ao aluno e conseguiram ma­pear as reais necessidades que um brasileiro precisaria para efetivamente aprender a falar inglês. A vivência de Fábio Toscani, que es­tudou fora do Brasil, e a habilidade de Otá­vio Cardoso em lidar com alunos, em sala de aula, os conduziram a apostar em uma metodologia que oferecesse um ambiente 100% em inglês, sendo a primeira escola do Brasil a fazer isso. “Reproduzimos um am­biente somente em inglês. Até a faxineira da escola só fala inglês. E a secretária também só marca aulas em inglês. Somos conheci­dos nas cidades onde atuamos pela escola que só fala inglês”, afirma Cardoso.

A tática inovadora que consiste no fato de que somente ex-funcionários das escolas estão habilitados a investir em outras unida­des do grupo, além de ter a oportunidade de ingressar no Conselho de Franqueado­res, surgiu por necessidade, conforme rela­ta Cardoso, quando a primeira unidade da rede teve um insucesso na administração por conta de um sócio investidor que não tinha conhecimentos profundos de como se faz a gestão de uma escola. “A partir daí começamos a refletir sobre essa questão e concluímos que o sócio que só tem dinhei­ro não vale a pena. Assim, pensamos em ga­nhar tempo, pulando essa parte de adaptar o modelo de negócio ao franqueado, e deci­dimos criar uma maneira de investir na pes­soa que já conhece a cultura da empresa, no caso um ex-funcionário”, justifica Cardoso.

E por conta dos resultados negativos apresentados pela gestão da primeira unida­de da marca com o sócio sem experiência no ramo, a TopWay descobriu seu diferencial e apostou na estratégia de conceder a aber­ tura de mais unidades somente para ex-fun­cionários. “Dessa forma, o lucro surge mais rápido. E quando ocorrem crises, geralmen­te as pessoas não suportam bem. Porém, se foram funcionários já retornam mais rápido ao eixo e sabem o que fazer para a escola voltar a ter resultados positivos”, destaca Nunes. Para ele, não conhecer a filosofia da empresa e não ter a cultura internalizada fa­zem com que as pessoas percam o rumo e isso, naturalmente, gera muitos problemas.

Outra questão que geralmente é proble­mática no mercado de franquias, na visão de Nunes, é a manutenção das boas rela­ções entre franqueadores e franqueados. “Por exemplo, é difícil montar um conselho somente com investidores, e nas franquias

TopWay conseguimos criar o conselho de franqueadores, porque todos são acultura­dos à empresa. E isso facilita, pois a maioria segue o mesmo rumo”, afirma. Algumas redes de franquias oferecem ao interes-

sado em investir na marca a oportunidade de fazer uma espécie de test drive, mas Nu­nes enfatiza que isso não é a mesma coisa, porque não permite que o franqueado dis­cuta as ações da rede. “Uma empresa for­mada por franqueados que são ex-colabora­dores não pode se dar ao luxo de parar de ouvi-los depois que se tornam empresários. Pelo contrário, as opiniões deles são muito preciosas, já que são profissionais extrema­mente talentosos”, diz Cardoso.

Toscani acrescenta também que a Top-Way não investe em propaganda, preferin­do destinar recursos para melhorar a qua­lidade dos seus serviços. “A marca entrega aquilo que realmente promete”, ressalta. De acordo com Toscani, a empresa já cons­tatou que se economizar na qualidade de ensino, perderá alunos. “Investimos em qualidade, focando no resultado final que é o aluno falar inglês em 18 meses. Há em­presas que preferem investir no conforto do aluno e esquecem o resultado final. E um dia esse aluno vai abandonar a escola para procurar outra com o propósito de concretizar o objetivo dele”, opina.

Apesar da abertura de novas franquias ser direcionada somente para ex-funcio­nários da escola, é possível que interes-

sados que não tenham sido funcionários da TopWay possam abrir uma unidade, desde que se tornem primeiramente colabora­dores. “A unidade da cidade de Blumenau (SC) será aberta por uma pessoa que se interessou pela rede. Mas primeiramente o interessado tem que estar aberto para trabalhar como funcionário e depois abrir a escola”, explica Nunes. Ele ressalta ainda que o interessado na franquia será avaliado como se fosse um funcionário e deve apre­sentar qualidades excelentes de funcioná­rio para depois ser empreendedor. “Se a pessoa consegue ser bem liderada, conse­guirá ser um bom líder”, conclui. 

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