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Dentista descobre potencial de seus inventos e cria produtos para odontologia


por Raquel Rezende

dabf dentista jpgNo período de 10 anos que o dentis­ta Roberto Alcântara trabalhou em seu próprio consultório, frequentemente se incomodava com a maneira com que alguns procedimentos eram feitos. Na opinião dele, era tudo muito artesanal. Diante disso, Alcântara começou a criar produtos e componentes para uso pró­prio. Ele seguia a rotina de trabalho uti­lizando seus inventos somente para me­lhorar o atendimento aos pacientes do consultório. Em um revés da vida, uma amiga de Alcântara sofre um acidente e, por conta disso, entra em dificuldades financeiras. Para tentar superar essa cri­se, sua amiga passa a vender alguns dos produtos criados por Alcântara. A ideia dá certo, culminando com a abertura da Angelus, especializada em pesquisa, de­senvolvimento e fabricação de produtos com alta tecnologia para a odontologia. Hoje, a empresa tem em sua história um currículo de sucesso em inovação com patentes registradas, exportação para inúmeros países, parcerias bem-sucedi­das com universidades e a estruturação de um departamento interno de P&D, possibilitando a captação de fomentos para inovação.

Alcântara tinha 17 anos quando co­meçou o curso de Odontologia da Uni­versidade Estadual de Londrina (UEL), no Paraná, em 1980. Deixou os pais na cidade de Paranavaí (PR), onde nasceu e cresceu, que já haviam migrado da Bahia para o Sul do País, pois vislum­braram melhores oportunidades de trabalho. E, assim, Alcântara seguiu para Londrina com a mesma intenção: buscar crescimento profissional e finan­ceiro. Para suportar os custos exigidos pelo curso, o quase dentista começou a atuar em um consultório popular de bairro, dois anos antes de se formar. Depois de formado, Alcântara se casa, em 1986, com Sônia Madi, que também é sócia da Angelus. Oito anos depois, fundam a Angelus. “Era o ano de 1994 e a Angelus começou nos fundos do meu consultório odontológico. O primeiro produto que saiu foi um núcleo pré-fa­bricado de resina, usado como suporte para próteses dentárias”, relata.

Alcântara conta que permaneceu por mais 10 anos dividindo atividades entre consultório e empresa. Em 1999, a concretização de algumas parcerias com universidades e centros de pesquisas públicos e privados permitiu a primeira mudança de patamar do faturamento da empresa. O Centro Tecnológico da Ae­ronáutica (CTA), a Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), o Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT) e o Cen­tro Técnico da Votoran Cimentos foram algumas das instituições que abriram espaço para transformar as ideias de Al­cântara em novos produtos.

Com o avanço dos negócios, no ano de 2003, Alcântara foca sua atenção exclusivamente na Angelus. Um dos desafios do empreendedor é expandir com credibilidade em um mercado de atuação muito novo no Brasil e extre­mamente controlado pela Agência Na­cional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Ele relata que a distribuição é realizada por dentais – empresas especializadas em vender os produtos para os dentis­tas – que estão pulverizadas pelo País. “Existem um grande número de im­portadores, pois a indústria nacional é ainda um fenômeno recente”, afirma. Diante disso, a vontade de inovar de Alcântara foi crescendo. Assim, ele bus­cava nas atividades diárias alternativas que tornassem os processos clínicos mais confortáveis para o paciente e me­nos morosos a ele como dentista. Por seu trabalho, é escolhido, neste mesmo ano, como um dos Empreendedores do Novo Milênio pela Revista Você S/A.

O reconhecimento do trabalho de Alcântara impulsiona a Angelus para um novo crescimento, em 2006, com o lan­çamento de produtos tecnológicos de alto valor agregado. Em 2009, por apre­sentar todo um panorama de inovação na área odontológica, a Angelus recebe o Prêmio Finep de Inovação. Alcânta­ra conta que, para explorar da melhor forma seu segmento de atuação, traba­lha diariamente com foco na inovação dos produtos e serviços da empresa, pensando em atender às necessidades dos seus 300 clientes no Brasil e 100 no mercado externo. “Nossos clientes finais são os dentistas e protéticos, porém ne­gociamos ainda com os distribuidores que são chamados de dentais”, explica. Fazer investimentos no processo de inovação com foco na área de serviços, firmar parcerias para o desenvolvimen­to tecnológico e comercial com empre­sas estrangeiras que tenham produtos e serviços de cunho tecnológico e inves­tir em estruturas comerciais em regiões estratégicas no mercado externo como Estados Unidos, América do Sul e Ásia integram as ações de trabalho da Ange­lus, conforme relata Alcântara.

Além disso, o dentista empreende­dor afirma que a empresa busca o bom e constante relacionamento com a equi­pe de liderança. “A visão de longo prazo, persistência no processo de inovação e principalmente investimentos em pes­soas são as bases da Angelus”, enfatiza. A partir deste ano, a empresa começou a ser apoiada por um conselho consul­tivo que coordena, com os empreende­dores, projetos de expansão. E, atual­mente, exporta para 65 países e investe 5% de seu faturamento em pesquisa e desenvolvimento de produtos inova­dores. Alcântara afirma que, através de sua empresa, quer deixar o legado das inovações na área odontológica para pessoas e comunidades ao redor do mundo.

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