O dispositivo perfeito intermediário – aquele que é fino como um tablet dedicado e potente como um laptop completo – é algo que nos prometem há anos. Anteriormente parecia que a resposta para eles viria quando os chips Atom, da Intel – a linha Bay Trail, especificamente – ficasse potente o bastante para equipar máquinas móveis que rivalizariam em potência com laptops reais. Os chips Atom ainda não chegaram nesse nível, mas a nova linha Core M da Intel parece estar perto disso.
Potência de PC real…
Enquanto o Bay Trail é uma tentativa de levar a arquitetura mobile até dimensões de tablet e laptops, o Core M é uma abordagem do problema a partir de outra direção – encolher os processadores normalmente encontrados em laptops e fazer com que eles rodem com quantidades menores de energia (na faixa de 5 watts) para que ofereçam baterias que rivalizem com tablets reais sem a necessidade de ventoinhas. Quando você não precisa de uma ventoinha, vários novos designs de computadores se tornam possíveis. Os 5 watts são um número mágico para tablets de 10 polegadas sem ventoinhas, e mesmo que a Intel já tenha tentado vender processadores de 11,5 watts que conseguiam rodar a 4,5 watts por breves períodos de tempo, essa é a primeira vez que chips potentes foram criados especificamente para isso.
Isso não significa que o Core M é extremamente poderoso. Os dispositivos que rodarem esses chips não poderão competir diretamente com máquinas com os mais potentes (e mais quentes) Core i3, Core i5 e Core i7 Haswell; você não poderá enfiar um Core M em um MacBook Pro, por exemplo. Os Core M também não serão potentes como os chips Core i3-i7 Broadwell de quinta geração que começaremos a ver a partir do começo de 2015. Mas eles devem superar os Bay Trail e outros Atom, com uma mistura de esperteza e potência nunca vista antes nessa linha de chips.
…e corpo de tablet…
Até agora, PCs que se tornam tablets ofereciam basicamente a mesma coisa. Por um lado, tablets maiores e mais potentes que precisavam de baterias grandes e ventoinhas. Esses são os que tecnicamente são tablets, mas são tão grandes e volumosos que usá-los como um é praticamente impossível. Eles são quentes e barulhentos para o seu colo, e pesados demais para apenas uma mão. Por que não pegar logo um notebook? E aí você tem dispositivos mais finos que parecem muito mais tablets, mas se asfixiam ao rodar uma aplicação completa de Windows. Então vale mais a pena um tablet com Android ou iPad, certo?
O Core M oferece a oportunidade de colocar o poder do primeiro no corpo do segundo. Vamos pensar no novo Lenovo ThinkPad Helix, por exemplo.