Recentemente ajudei um profissional que dava seus primeiros passos em internet móvel no seu Android novinho. Ele estava feliz da vida com a mobilidade, mas com um mistério em mãos. Tínhamos que descobrir para onde estava indo todo seu tráfego de dados, uma vez que ele usava só emails e alguns aplicativos baixados do Market. Navegador, nunca nem abriu.
O pacote modesto de 250 MB seria suficiente para suas necessidades. Em casa e no escritório tem Wi-Fi disponível. Só umas 2 ou 3 vezes por semana ele passava algumas horas na rua, onde precisava usar para responder emails, enviar planilhas e tomar notas de clientes.
O trabalho de detetive começou com apps para monitorar tráfego, além de um inventário completo de quais apps eram usados, quantas vezes ao dia etc. Para nosso espanto, constatamos que preciosos megabytes iam nos anúncios que rodavam dentro de vários aplicativos. Em sua inocência de iniciante, ele explicou que nunca imaginava que aqueles anúncios dentro dos aplicativos vinham pela internet.
Mais tarde, em casa, peguei o iPhone. Vasculhando diversos aplicativos para ver quais exibiam anúncios, passei a refletir sobre o tema. Por necessidade profissional, sempre usei planos de internet móvel generosos, e nunca me ocorreu monitorar o quanto eu gastava em em megabytes — e reais — com publicidade móvel.
Vocês se lembram quando Steve Jobs anunciou o iOS4? Pela primeira vez, era liberado um update gratuito de sistema para os donos de iPod Touch. Antes, todas as atualizações eram pagas, exceto para iPhone. Por que essa bondade repentina? Simples: ele queria todo mundo com iOS4 quando os iAds chegassem, alguns meses depois.