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Aquecimento global: iniciativas no Brasil e no mundo


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Artigo por Felipe Bittencourt*

No último ano, muito se falou sobre o futuro do planeta, considerando as atuais perspectivas relacionadas ao aquecimento global. As discussões são reflexo de acordos e encontros internacionais, em que nações de todos os continentes buscaram redefinir suas responsabilidades em relação ao clima. Entre elas, aconteceu em dezembro, no Peru, a Conferência das Partes – COP 20, evento global voltado para a elaboração de um novo acordo climático entre as nações, que potencialize a redução de emissões de gases de efeito estufa a partir de 2020.

Segundo o último relatório do Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC), para que o aumento da temperatura não ultrapasse 2 graus até o final do século, é necessária uma diminuição de 40 a 70% das emissões globais até 2050, chegando a 100% até 2100. Ainda de acordo com o IPCC, o foco da solução está na adoção de ações coletivas e de cooperação internacional, voltadas para a redução massiva de emissão de gases poluentes.

Em âmbito mundial, um novo acordo deve definir as prioridades e responsabilidades já em 2015, na COP de Paris. Mas, em menor escala, qual a relevância de governos, empresas e cidadãos no cumprimento de metas tão importantes?

O que cabe a cada um

No Brasil, a cultura da sustentabilidade e as ações pelo futuro envolvem âmbitos diferentes de atuação e resultados. Desde 2009, as iniciativas ambientais relacionadas ao aquecimento global no país são pautadas pela Política Nacional de Mudança do Clima (PNMC), um documento que tem como objetivo principal incentivar o desenvolvimento e aprimoramento de ações de mitigação e criar condições internas de adaptação aos impactos do aquecimento global.

O documento prevê planos setoriais e revisões periódicas, além de propor uma atuação conjunta com estados e municípios, considerando as responsabilidades de cada um. No âmbito nacional, há um esforço em relação ao monitoramento de emissões e à atribuição de metas para os setores. Entre as medidas tomadas pelo governo federal, periodicamente são apresentadas as emissões nacionais de gases de efeito estufa, no inventário elaborado pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI). Em sua última edição, lançada em novembro deste ano, foram apontadas quedas de emissão, causadas, principalmente, pela redução do desmatamento na Amazônia e no Cerrado, entre 2005 e 2012.

Contudo, não é apenas a diminuição do desmatamento que pode contribuir para as reduções de emissões. Os planos setoriais da PNMC indicam também metas de reduções em diversas áreas como transporte, energia e indústria. Tais metas, porém, ainda não são mandatórias. O que precisa ser feito é tornar essas metas obrigatórias e monitorar para que elas sejam atingidas dentro do prazo estabelecido.

O governo nacional tem também atuado em novos caminhos, realizando estudos sobre planos de adaptação às novas condições climáticas e sobre qual seria o melhor modelo de controle de emissão: um mercado nacional de carbono ou um sistema de taxação de emissão para as empresas. Paralelamente, alguns estados também já se destacam na elaboração de políticas voltadas para os empreendedores: algumas das indústrias dos estados do Rio de Janeiro e de São Paulo, por exemplo, já são obrigadas a entregar anualmente os inventários de emissões de gases de efeito estufa para suas respectivas instituições estatais de meio ambiente.

Sustentabilidade no cotidiano

Hoje, os esforços das empresas estão voltados a ações de redução das emissões sem perder o foco na competitividade, explorando estudos que apontem o impacto das mudanças climáticas em seu negócio. Muitas empresas visam também reportar suas emissões em busca de uma maior transparência para o mercado e/ou para participarem de índices econômicos da bolsa de valores como o Índice de Sustentabilidade Empresarial (ISE) ou o Índice Carbono Eficiente (ICO2) da BM&F Bovespa. Há também uma preocupação em relação à possibilidade de o governo passar a regular as emissões nas empresas.

A participação do cidadão comum, por sua vez, está em iniciativas simples que podem fazer a diferença. Antes de qualquer coisa, o ser humano precisa ter consciência dos impactos do consumo exagerado e do desperdício. Pequenas ações como a economia de eletricidade ou a opção pelo etanol em vez da gasolina podem ser fundamentais para uma nova cultura da sustentabilidade.

É preciso haver uma mudança generalizada, baseada em energia renovável e na alteração da nossa visão de mundo. O consumismo é o mal da atual sociedade. Deve haver um foco na economia de baixo carbono por parte dos governos, das empresas e dos cidadãos, baseado em uma mudança ampla no padrão de vida a ser perseguido. Só assim será possível alcançar as metas discutidas em âmbito mundial.

*Artigo por Felipe Bittencourt, Sócio-Diretor da WayCarbon

Imagem: Close up of old vintage globe via Shutterstock

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