Depois de anos tendo o design como o seu calcanhar de Aquiles, a Samsung parece ter trazido o principal lançamento da Mobile World Congress investindo mais pesado nisso.
Duas coisas chamam atenção de cara no novo aparelho: o vidro bem encurvado nas extremidades, o que faz as bordas laterais desaparecerem; e o acabamento metálico no fundo, em alumínio, com a promessa de ser mais resistente do que seus concorrentes de mercado.
Também chamou atenção o tempo utilizado para seus porta-vozes citarem os grandes investimentos e mudanças na interface do sistema operacional (sim, a Samsung não deixa o Android quieto), sempre batendo na tecla da melhoria de experiência do usuário.
Uma rara oportunidade em que a apresentação da Samsung não realiza a famosa chuva de features e siglas pouco conhecidas (o nosso editor-chefe Carlos Merigo, este applemaníaco, chama de “sopa de letrinhas”) entre o público mais leigo. Sendo o smartphone um produto de massa nos dias de hoje, faz sentido tal cuidado, mesmo nas apresentações aos jornalistas.
Novidades em smartphones são um bom sinal.
No ano passado, muito se falou em wearables como a próxima grande coisa. Talvez uma saída recheada em features para alavancar as vendas de novos aparelhos, além de smartphones e tablets compatíveis. O tempo passou e a ideia de voltar a usar um relógio de pulso multifuncional ainda parece agradar mais os muito geeks e os hipocondríacos do que a massa. Tudo bem, aqui tem crítica pessoal. Mas tudo ainda não passa de mera aposta.
Uma mudança interessante no design dos smartphones (tanto no aparelho quando na interface) sem vir da Apple é também bom indício de saúde das outras gigantes de tecnologia. A Samsung, depois de um 2014 mais turbulento que os anos anteriores, apostou em design e experiência contando mais do que ter a melhor tela e o melhor processador. Melhor: apostou em um desenho bem diferente dos demais concorrentes. Ainda que não sirva para nada ter uma tela encurvada, é necessário dar o braço a torcer: ficou realmente bonito.
Se será uma boa experiência no dia a dia? Se é melhor do que a experiência iOS ou Android pura? Os poucos minutos mexendo no aparelho não podem ser usados para atestar com absoluta certeza, infelizmente. Melhor esperar o lançamento mundial, no próximo 10 de abril.
Enquanto isso, eu continuo acompanhando a Mobile World Congress, que começa hoje (2 de março) oficialmente, vendo também outros lançamentos por aqui e ali.
Post originalmente publicado no Brainstorm #9
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