O Spotify conquistou milhões de usuários oferecendo um serviço gratuito com propagandas no qual você tem a opção de pagar. São 60 milhões de usuários ativos, dos quais 15 milhões são assinantes. Para as gravadoras, isso não é o bastante.
Fontes dizem à Billboard que as gravadoras assinaram contratos com o Spotify mas estão mudando de ideia, e querem a ajuda da Apple para um serviço de streaming sem opção gratuita.
Rumores dizem que a Apple vai relançar o Beats Music em junho, durante o evento WWDC. O serviço foi lançado nos EUA há um ano e não oferece plano gratuito, só 30 dias de teste. A empresa comprou a Beats por US$ 3 bilhões.
Segundo o Recode, executivos da Apple – liderados por Eddy Cue e pelo criador do Beats Music, Jimmy Iovine – estão prometendo ajudar as gravadoras a “reverter a maré da música digital gratuita” trazida pelo Spotify e YouTube. Eles teriam dito que a indústria da música “precisa ficar atrás de um paywall”.
A Apple, no entanto, queria cobrar mais barato que o Spotify: seu novo streaming de música custaria US$ 7,99 nos EUA, contra US$ 9,99 do concorrente. As gravadoras não aceitaram isso de jeito nenhum, segundo a Billboard, e a Apple desistiu de reduzir o preço – ela teria que absorver as perdas se o valor fosse menor.
Nada é de graça
O Spotify ajudou as gravadoras na transição da mídia física para a música digital, prometendo gerar receita e reduzir a pirataria. De fato, elas se tornaram mais flexíveis ao licenciar seu catálogo para diversos serviços de streaming.
Mas agora, algumas gravadoras acreditam que o Spotify deveria ter mais que 15 milhões de assinantes. Se a Apple conseguir atrair mais pessoas dispostas a pagar, o modelo de negócios do Spotify pode ser questionado.