Desenvolvido pelo grupo de pesquisa em Personal Robotics do MIT, Huggable é um brinquedo de pelúcia desenvolvido com inteligência artificial que interage com crianças com câncer para aliviar dores, stress e ansiedade em seus tratamentos. Uma versão high tech do Elo, o ursinho brasileiro que toca mensagens do WhatsApp.
Huggable quer diminuir o distanciamento da criança do seu próprio mundo e também aliviar suas experiências negativas na hora do tratamento. Como resultado de muita pesquisa, o robô social tem conseguido diminuir as sensações ruins e o desequilíbrio emocional nos pacientes ao engajá-los em atividades lúdicas.
Pesquisa mostra que crianças preferem interagir com objetos físicos e familiares do que com telas.
Um dos fatores mais interessantes deste estudo foram as comparações feitas entre a experiência das crianças com um personagem criado em uma tela de tablet vs. um robô revestido de urso de pelúcia. Até então, os dados demonstraram que as crianças ficam mais felizes ao interagir e se conectar com objetos físicos e palpáveis, e que também lhe fossem familiar.
Tal resultado mostra o potencial que há em usar robôs e dispositivos inteligentes para tratamentos pediátricos, objetos que não dependem de uma interface textual, mas sim da sensibilidade que carrega o ato de tocar, apertar e segurar.
Pensando na experiência familiar do toque e da interação lúdica, Huggable prova que há potencial em usar robôs para tratamentos pediátricos.<p data-url="http://wp.me/peBwt-eI2" data-picture="http://www.b9.com.br/wp-content/uploads/2015/03/huggable-dst2.jpg" data-title="Huggable, um urso de pelúcia inteligente para crianças em tratamento de câncer" data-caption="Brainstorm9" data-description="Pensando na experiência familiar do toque e da interação lúdica, Huggable prova que há potencial em usar robôs para tratamentos pediátricos.”>compartilhe
Neste protótipo, o robô Huggable usa um aplicativo Android como controle de todos os seus movimentos e reações. Seu corpo possui mais de 1500 sensores, incluindo também câmeras de vídeo, microfones, saídas de áudio e conexão sem fio.
Os movimentos são tão silenciosos que parece não existir robô algum por baixo. Bem como suas expressões que, extremamente ricas, não lembram aquele artefato cheio de motores e fios. Além disso, entre o robô e sua pele, há uma camada densa de silicone para que o gesto de segurar e apertar o urso pareça também familiar.
Mais de 1500 sensores para criar ricas expressões
Fica claro neste projeto a tentativa de dar à tecnologia uma cara mais transparente e móvel. Ter um brinquedo de pelúcia como robô não só facilita seu uso e inclusão no dia a dia dos médicos e pacientes, como também faz dessa experiência ainda mais humana.
Post originalmente publicado no Brainstorm #9
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